quarta-feira, julho 30, 2025

Casal acusado de envenenar família em Parnaíba terá audiência de custódia hoje

A audiência está marcada para iniciar às 11h da manhã desta quarta-feira (30). O casal está preso desde março deste ano.

Os acusados, Francisco de Assis e Maria dos Aflitos

Francisco de Assis Pereira da Costa e Maria dos Aflitos da Silva enfrentam, nesta quarta-feira (30), a primeira audiência de instrução e julgamento na 1ª Vara Criminal da Comarca de Parnaíba, no litoral do Piauí. O casal é acusado de envenenar dez pessoas entre agosto de 2024 e janeiro deste ano. Oito das vítimas morreram.

A audiência está marcada para as 11h e representa o início formal do processo judicial que apura um dos crimes de maior repercussão no estado nos últimos anos. Francisco e Maria estão presos desde março, quando foram indiciados pela Polícia Civil do Piauí por 23 crimes.

De acordo com o Ministério Público do Piauí, os réus devem responder por 11 crimes, sendo oito homicídios qualificados consumados e três tentativas de homicídio qualificado. Em um dos casos, uma vítima foi inicialmente alvo de tentativa e, posteriormente, morta, segundo a acusação.

Entenda o caso

O primeiro registro de envenenamento ocorreu em agosto de 2024, com a internação dos irmãos Ulisses Gabriel e João Miguel. João morreu dias depois; Ulisses, no mês seguinte. À época, uma vizinha chegou a ser presa sob suspeita, mas foi inocentada mais tarde.

No dia 1º de janeiro de 2025, uma nova tragédia: nove pessoas da mesma família passaram mal após ingerirem arroz contaminado com terbufós, substância tóxica semelhante ao chumbinho. Cinco morreram na ocasião, entre elas três crianças.

Francisco foi hospitalizado, mas preso ao receber alta, após contradições em seus depoimentos. Maria dos Aflitos foi presa no fim do mesmo mês e confessou ter envenenado o café da ex-nora Jocilene, que morreu dias depois.

As investigações da Polícia Civil apontaram que o casal foi responsável direto pelas mortes e pelas tentativas de homicídio, com base em provas técnicas, laudos toxicológicos e contradições nos depoimentos. Eles seguem presos e à disposição da Justiça.

Fonte: Por Rayfran Junior | Portal AZ

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