No Piauí, a cada 100 mulheres vítimas de feminicídio, apenas 10 tinham medida protetiva
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Kelciane, vítima de tentativa de feminicídio, em entrevista à TV Antena 10 | Reprodução |
Kelciane da Silva, moradora de Parnaíba, uma dessas vítimas de violência
doméstica quase perdeu a vida pela brutalidade do companheiro, que
não aceitava o fim do relacionamento.
O ataque aconteceu em janeiro deste ano, na frente da filha de 8
anos. Ela levou uma facada nas costas e hoje faz terapia para voltar a andar.
“Na mesma hora não consegui mais me levantar”, contou.
Kelciane relatou que as ameaças eram constantes. O ex-companheiro,
segundo ela, já tinha agredido em outras vezes e chegou a dizer que ia matá-la.
No dia do crime, ele tentou atacar a filha, e ao ser impedido, atacou a mãe.
Francieldo da Silva Gomes, de 31 anos, suspeito de tentar matar a ex-companheira, Kelciane | Reprodução/TV Antena 10
“Ele tava aqui na minha casa drogado ou bêbado e veio querer ir pra
cima da menina [minha filha], porque ela não abriu a porta pra ele, e ela é
filha dele. Ela tem medo dele porque já presenciou várias agressões. Ele já me
bateu na frente dela, ele já teve comportamentos agressivos na frente dela e
com ela. Nesse dia dia ele veio pra cima querendo bater nela e eu intervi disse
que era melhor ele ir embora. Ele passou a noite falando 'Sara, te
preparar que amanhã vai ter um velório aqui'. Ele tava se referindo a fazer
alguma coisa comigo. Eu me deitei com a menina e ele foi pro quarto. Eu
pensei que tinha ido se deitar logo depois eu só senti a pancada nas minhas
costas. Na mesma hora não consegui mais me levantar", detalha Kelciane.
No Piauí, o trabalho das forças de segurança no enfrentamento à
violência contra a mulher é constante. A Patrulha Maria da Penha e outras
unidades especializadas atuam em ações preventivas.
Após cometer o crime, ele fugiu a pé, mas as equipes policiais
iniciaram buscas intensivas pela região. Pressionado pela ação das
autoridades e sem opções de fuga, o suspeito acabou se entregando às
forças de segurança, sendo conduzido para os procedimentos legais.
Por: Ana Paula Barreira e Karine Rocha | Fonte: Portal A10+
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