Nomeação do prefeito Francisco Emanuel levanta questionamentos sobre critérios na escolha de servidores comissionados
No último dia 9 de abril, o prefeito de Parnaíba, Francisco Emanuel, nomeou o suboficial da Marinha Carlos Henrique Rodrigues Costa para o cargo de Superintendente de Articulação das Forças de Segurança do Município, um posto estratégico, responsável por coordenar ações e aproximar os agentes de segurança da cidade.
O que chama atenção, no entanto, é o histórico recente do novo
superintendente: Carlos Henrique, que nas redes sociais se apresenta como
suboficial da Marinha, segurança de autoridades e segurança vip de
personalidades, foi condenado pela Justiça, em janeiro deste ano, a uma pena de
3 anos, 2 meses e 27 dias de reclusão pelo crime de lesão corporal, previsto no
artigo 129, §2º, IV, do Código Penal Brasileiro.
A sentença foi proferida pela juíza Maria do Perpétuo Socorro Ivani
Vasconcelos, titular da 1ª Vara Criminal da Comarca de Parnaíba.
O crime
O episódio que levou à condenação ocorreu em 12 de julho de 2020, em
circunstâncias que envolveram uma acalorada discussão de vizinhança. De acordo
com a denúncia do Ministério Público, Carlos Henrique atirou contra Domingos
Sávio Alves da Silva, atingindo-lhe o pé esquerdo e causando deformidade
permanente.
O desentendimento teve início no Residencial Caminho da Alvorada,
quando Domingos Sávio questionou ocupantes de um veículo que circulava
lentamente pela rua — em meio a um cenário de frequentes furtos no local. Entre
os ocupantes do carro estavam familiares de Carlos Henrique.
A confusão se intensificou e teve desdobramentos no bairro São José,
onde, segundo a sentença, Carlos Henrique efetuou o disparo que causou lesão
irreversível na vítima, resultando em limitação de movimentos no pé esquerdo e
afastamento de mais de 30 dias das atividades habituais.
Pena substituída e recurso
Apesar da gravidade dos fatos, a magistrada substituiu a pena de prisão
por restritiva de direitos, determinando a prestação de serviços à comunidade e
o pagamento de dois salários mínimos à vítima.
Carlos Henrique, no entanto, recorreu da decisão, alegando ter agido em
legítima defesa, buscando afastar sua responsabilidade penal. O recurso segue
aguardando julgamento.
Fonte: lupa1
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