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Foto: Montagem/Roque de Sá - Agência Senado/iStock |
A apuração, que tramita no Inquérito Civil nº 1.27.003.000173/2022-12, está sendo realizada pela Procuradoria da República no Município de Parnaíba/PI. O objetivo é esclarecer se a mineradora possui a devida autorização legal para operar na região e avaliar os impactos ambientais e sociais causados pela atividade, especialmente em relação aos moradores locais.
Além da solicitação de documentos, o MPF realizou diligências no local
para averiguar a ocupação da área por assentamentos de baixa renda, verificar a
infraestrutura existente, a data de início das ocupações, possíveis disputas
fundiárias e os impactos das explosões realizadas pela mineradora.
A área em questão foi desapropriada pela União em 1986 e passou a ser
de propriedade do Dnocs. No entanto, segundo parecer jurídico da própria
autarquia, a concessão de terrenos da União para exploração privada só pode ser
realizada por meio de licitação e autorização legislativa, procedimentos que,
segundo a investigação, não ocorreram neste caso.
A Construtora Jurema, que tem como proprietários Humberto Costa e
Castro e João Costa e Castro — irmãos do senador Marcelo Castro —, adquiriu os
direitos de mineração da área em 2008, de uma empresa que já operava de forma
irregular desde os anos 1990. Em 2018, a Mineradora Icaraí, de Mathias Neto Maia
Machado e Castro, assumiu a exploração da pedreira, também sem autorização
legal.
Por: Bruna Dias | portalr10
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