Deputado quer estudos para exploração de petróleo no litoral do Piauí

Moção do deputado Henrique Pires vem em meio a debates para avaliar os estudos da Petrobras na Bacia da Foz do Rio Amazonas.

Deputado Henrique Pires quer estudos para exploração de petróleo no litoral do Piauí

Em sessão plenária desta quinta-feira (20), na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), o deputado Henrique Pires (MDB) apresentou uma moção de apoio para estudos e pesquisas referentes ao licenciamento e à exploração de petróleo na Margem Equatorial, no que tem se chamado de “novo pré-sal”, em região que o Piauí está incluído.

Segundo o deputado, a exploração da região para a extração de petróleo e derivados deve trazer modificações no cenário ambiental e econômico, sobretudo aspectos positivos referentes à arrecadação para o estado, haja vista o potencial petrolífero em estudo.

Deputado quer estudos para exploração de petróleo no litoral do Piauí

Com a moção, o parlamentar pretende que o documento possa ser enviado ao presidente Lula e aos presidentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Petrobras.

O Governo Federal tem sofrido dificuldades para a liberação dos estudos pelos próprios órgãos federais, como o IBAMA, na área de exploração no Amapá, devido às grandes distâncias para uma resposta em caso de desastre ambiental.

Presidente Lula enfrenta resistências para liberação dos estudos - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em meio ao debate, o presidente Lula voltou a defender que, ao menos, seja feito um estudo sobre a existência do combustível fóssil na Bacia da Foz do Rio Amazonas, no litoral do Amapá.

De acordo com o presidente, uma reunião entre o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o IBAMA deve acontecer para avaliar a melhor forma de autorizar a Petrobras a realizar as análises.

"Tem gente que fala que não pode pesquisar a Margem Equatorial para saber se a gente tem petróleo. Eu quero preservar, mas eu não posso deixar uma riqueza que a gente não sabe se tem e quanto é, a 2 mil metros de profundidade, enquanto Suriname e a Guiana estão ficando ricos às custas do petróleo que tem a 50 quilômetros de nós. Eu não quero estragar um metro de coisas aqui, mas ninguém pode proibir a gente de pesquisar para saber o tamanho da riqueza que a gente tem", disse o presidente Lula.