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Secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas | Foto: Divulgação/Governo do estado |
Ao se pronunciar sobre o assunto no ielTV Chico Lucas assumiu o erro.
"É um erro sistêmico, por isso que eu como representante do sistema assumo
esse erro", afirmou. O secretário também comentou sobre o trabalho dos
profissionais envolvidos no caso, destacando que, apesar das falhas, todos
atuaram dentro das possibilidades que tinham. "O delegado, a delegada, o
promotor e o juiz envolvidos, muito provavelmente fizeram tudo que estava ao
alcance deles. Não cabe a nós crucificarmos esses profissionais", disse.
Ele continuou, explicando as dificuldades enfrentadas pelo sistema de
justiça. "Eu como representante do sistema admito o erro e a falha do
sistema que é ter demorado tanto a fazer a perícia", afirmou. Segundo
Chico Lucas, a morosidade nos exames ocorreu, em parte, devido à falta de um
laboratório de toxicologia no estado. "O departamento de polícia
científica do Piauí não tinha laboratório de toxicologia creditado",
explicou, lembrando que o estado enfrentou dificuldades semelhantes em outro
caso de envenenamento envolvendo uma criança, em Floriano, no ano anterior.
Conforme o secretário, no caso das crianças envenenadas em Parnaíba, os
exames realizados nos cajus, que demoraram para ser realizados devido à
necessidade de reagentes especiais, só chegaram em dezembro de 2023 e
descartaram a hipótese de envenenamento. "Foi feito a perícia no estômago
das crianças, ainda no primeiro momento, mas nos cajus precisava de reagente
especial que foi comprado no exterior e demora para chegar e chegou em dezembro,
foi quando foram feitos os exames", afirmou o secretário.
Chico Lucas finalizou destacando a complexidade da situação e a
necessidade de um equilíbrio entre a segurança jurídica e a celeridade nas
investigações. "Há de fato um sistema de justiça, um sistema de percepção
criminal que às vezes tem suas falhas, e essa é a grande dificuldade, ter essa
duplicidade, essa dualidade que existe entre as pessoas que querem mais
prisões, mas que isso seja feito com mais segurança, evitando erros", concluiu.
Por: Bruna Dias |
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