Projeto Dengoso da UESPI usa peixes para combater larvas do mosquito da dengue

O projeto é desenvolvido pela comunidade do curso de Licenciatura Plena em Biologia, de Parnaíba.

Foto: Reprodução/Ascom/Uespi

Pesquisadores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) estão utilizando uma abordagem inovadora no combate à proliferação do Aedes aegypti, vetor transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya. O Projeto Dengoso, desenvolvido pela comunidade do Curso em Licenciatura Plena em Biologia, do Campus Alexandre Alves de Oliveira, em Parnaíba, está investigando o uso de peixes da família Poecilidae como uma alternativa ecológica ao uso de inseticidas.

Os peixes "barrigudinhos" se alimentam de pequenas larvas como as do mosquito da dengue.

Os peixes, conhecidos como "barrigudinhos", são larvófagos, ou seja, se alimentam de pequenas larvas, incluindo as larvas do mosquito da dengue. Eles ocupam águas salobras e doces e se reproduzem rapidamente, tornando-se uma opção eficaz para o controle biológico dos mosquitos.

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A coordenadora do projeto, professora Alessandra Ribeiro, destaca que o uso dos peixes para eliminar as larvas do mosquito é uma medida ecologicamente positiva para o meio ambiente. Segundo ela, os peixes são capazes de controlar as larvas em locais onde o larvicida não é eficaz, como piscinas abandonadas e terrenos alagados.

Além das atividades de pesquisa, o Projeto Dengoso realiza ações educativas e interativas com alunos do Ensino Básico de Parnaíba. As atividades incluem palestras, teatro e jogos interativos, visando conscientizar as crianças e adolescentes sobre a importância da prevenção das doenças causadas pelo Aedes aegypti.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil já registrou mais de 1 milhão de casos de dengue nas primeiras oito semanas deste ano. Diante desse cenário, o Projeto Dengoso continua levando suas ações educativas para escolas de Parnaíba, com próximas datas já agendadas.

O Projeto Dengoso representa uma iniciativa inovadora e promissora no combate às arboviroses, contribuindo para a promoção da saúde pública e a redução do impacto dessas doenças na população.

Por Dominic Ferreira\portalaz  | Edição: Jornal da Parnaíba