O superintendente do Patrimônio da União (SPU), João Martins Neto, confirmou nesta quinta-feira (25) que acionou a Polícia Federal para investigar atuação de uma espécie de “milícias” acirrando o conflito de terras no litoral do estado.
Superitendente da SPU, João Neto e o presidente do Interpi Rodrigo Cavalcante - Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com
Uma das regiões que enfrenta especulação imobiliária, invasão de terras
e venda ilegal de terrenos é no litoral do estado.
Para não cair no golpe de especuladores, o superintendente João Neto, recomendou que as pessoas procurem saber se a área é regularizada ou se pertence a União. O superintendente disse que tem recebido denúncias de atuação de jagunços intimidando pessoas em áreas de conflitos.
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“A PF, Ministério Público Federal e a Justiça Federal estão cientes de
todas as denúncias que chegam a SPU. Encaminhamos para as entidades de polícia
e justiça competentes para que sejam adotadas as devidas providências. Nós
atuamos em parceria constante sobre isso (venda de terras ilegalmente),
inclusive fazendo notas técnicas, estudos para confirmar essas questões”, disse
o superintendente.
Entre as áreas de conflitos citadas pelo superintendente está a Reserva
dos Itans e Borogodó, em Cajueiro da Praia.
Antes de comprar terreno pedir informação do SPU
O superintendente orientou que as pessoas que querem comprar terrenos
no litoral, devem antes procurar a Superintendente do Patrimônio da
União.
“Geralmente as pessoas compram com contrato de gaveta, fazem transações
sem passar pela SPU e no final para regularizar não estão dentro das normas. Se
forem primeiro na SPU recomendamos três opções: primeiro, faça o negócio,
segundo espere um pouco para ser feito alguns procedimentos, e terceiro
não fechem negócios. Daremos a informação necessária para que a pessoa não
compre terreno de forma irregular”, disse João Neto.
Interpi
O diretor do Interpi, Rodrigo Cavalcante, informou que o governo vai
trabalhar em parceria com órgãos federais para a entrega de títulos de
terras.
“O litoral é estratégico para o estado e estaremos trabalhando junto
com a SPU e com os municípios da orla para levar segurança jurídica a região”,
disse Rodrigo Cavalcante.
O Interpi já entregou 5 mil títulos de terras a produtores rurais
e em territórios de povos originários, chegando a mais de 200 mil
hectares e 3 milhões de terras devolutas.
Edição: Jornal
da Parnaíba
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