Operação Fictus foi deflagrada em cidades do Piauí e do Maranhão.
Operação Fictus _ A Polícia Federal, com o apoio da Coordenação de
Inteligência da Previdência Social (COINP), deflagrou, nesta terça-feira
(07/11), a operação com o objetivo de desarticular organização criminosa
especializada na prática de fraudes de benefícios em prejuízo ao Instituto
Nacional de Seguridade Social (INSS).
Foram mobilizados mais de 120 Policiais Federais para o cumprimento de
38 mandados judiciais, sendo dez de prisão preventiva, 27 de busca e apreensão
e um de afastamento de cargo público. Todos os mandados foram expedidos pela 1ª
Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Piauí, e foram cumpridos nos
municípios de Parnaíba (PI), Teresina (PI), São Luís (MA), Bacabal (MA), Codó
(MA), Grajaú (MA), Pedreiras (MA) e Trizidela do Vale (MA).
As investigações apontam que as fraudes ocorriam mediante a criação de
“idosos fictícios” para fins de obtenção de benefício previdenciário e de
natureza assistencial, por meio da falsificação de documentos de identificação
civil e transferência irregular de benefícios em manutenção. Além disso,
ocorria a reativação de benefícios cessados de pessoas falecidas, por meio de
prova de vida bancária a partir da juntada de documentos de identidade falsos e
comprovante de endereços falsos, inclusive, alguns com dados dos próprios
investigados.
Durante as investigações, ocorreu a prisão em flagrante de um dos
líderes da organização criminosa, na cidade de Bacabal (MA), quando tentava
sacar benefício instituído em nome de pessoa fictícia, no ato representado por
um idoso (“ator”). Houve ainda, em dado momento da investigação, a tentativa de
destruição de provas.
As apurações identificaram ao menos 505 benefícios com indícios de
fraudes ligados aos investigados. O prejuízo causado pelo esquema criminoso ao
INSS está estimado em pelo menos R$ 71 milhões. A economia com a suspensão
desses benefícios é estimada em mais de R$ 44 milhões.
A Justiça Federal determinou ainda o sequestro de bens e valores de
quantia superior a R$ 71 milhões, montante referente ao prejuízo atual dos
benefícios cujos indícios de fraude foram identificados até o momento.
Os investigados poderão responder pelos crimes de organização
criminosa, estelionato previdenciário, falsificação de documento público, uso
de documento falso, inserção de dados falsos em sistemas de informação,
corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
Fonte: PF-PI
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