Além do Espírito Santo, foi identificada uma nova região de desova de tartaruga-de-couro.
Filhotes da tartaruga-de-couro. — Foto: WikimediaCommons
A espécie está na "lista vermelha" da União Internacional
para a Conservação da Natureza e é considerada, pelo Ministério do Meio
Ambiente, "criticamente em perigo". A região norte do Espírito Santo
era considerada a única com desovas regulares dessa tartaruga no país. Por lá,
menos de 20 fêmeas colocam os ovos anualmente.
O Instituto Tartarugas do Delta fez a descoberta recente no litoral do
Piauí graças a uma série histórica de dados, relativamente contínua, sobre
registros desde 2006.
O monitoramento das tartarugas é realizado em parceria com a Área de
Proteção Ambiental e com a Reserva Extrativista Marinha do Delta do Parnaíba.
Em 2019, os pesquisadores colocaram um transmissor em uma
tartaruga-de-couro. De acordo com dados de satélite, essa fêmea nadou até a
costa leste do Canadá, conhecida área de alimentação da espécie. Isso sugere
que a população viva no Atlântico Norte. Por isso, o período de desovas no
Delta do Parnaíba, entre maio e julho, é diferente do Espírito Santo, entre
outubro e janeiro.
Por Gabriel Corrêa, da Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário