O projeto prevê a interligação de porto marítimo, hidrovia e ferrovia
O Intermodal do Vale do Parnaíba, como tem sido chamado, envolve trecho
de hidrovia entre o Rio Parnaíba e o Rio das Balsas, um intervalo de malha
ferroviária, o Porto Marítimo de Luís Correia e os terminais fluviais ao longo
dos dois rios. Se implantado, o sistema deve possibilitar o escoamento de
commodities e produtos industrializados para outras regiões do país, colocando
também o Piauí na rota do comércio internacional. Parte do que é produzido hoje
em Uruçuí, por exemplo, por uma das empresas líderes do setor, é exportado para
a Europa pelo Porto de Sergipe.
Um sistema intermodal é chave para o desenvolvimento industrial,
tecnológico e econômico, segundo o secretário de Planejamento, Washington
Bonfim. “Do Sul ao Norte do estado, ele une a produção da soja, dos grãos, por
esses modais de transporte – as partes rodoviária, e hidroviária e ferroviária,
saindo de Teresina e até Luís Correia, para fazer a conexão com o Porto”,
acrescentou Bonfim.
O Piauí é hoje o 3º maior produtor e exportador de grãos como soja e
milho da região Nordeste. Para se ter uma ideia, o volume, em 2022, de
exportação de cereais no Matopiba – região que integra os estados do Maranhão,
Tocantins, Piauí e Bahia foi de cerca de
20 milhões de toneladas, com crescimento de 30% ao ano nos últimos cinco anos.
A implantação do sistema, além de beneficiar a produção e instalação de outras
indústrias, vai reduzir o descompasso entre oferta e demanda, aumentando assim
a competitividade do setor agrícola da região.
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