Moradores de Barra Grande denunciam ação violenta de grileiros

Eles armam barracas nas áreas invadidas usando homens armados \ Foto: Reprodução

Os moradores são aO município de Cajueiro da Praia, onde fica a badalada praia de Barra Grande, é uma espécie de paraíso de quem tem muito dinheiro e inferno para os pobres – mais ainda para os que fazem parte das populações tradicionais do lugar. A grilagem de terras e a violência fundiária viraram uma dura realidade no lugar.

Desde ontem, mais um episódio de violência contra pessoas que vivem na área há décadas é denunciado por meio de aplicativos de mensagens. 

Segundo as denúncias, agricultores de Barra Grande estão sofrendo ameaças de um grupo de empresários conhecidos de todos por nomes Fábio Jupi, Romero, Adeil conhecido como Pica-Pau, Edmar, Edgar, Rogério, Nailton e outro.

Entre os citados, o mais conhecido é Fabio Jupi, que coleciona denúncias por suspeitas de cometimento de crimes. Jupi, cujo nome civil é Fábio Barbosa Ribeiro, foi denunciado na Delegacia da Polícia Federal de Parnaíba por desobediência a embargos e outros delitos ambientais cometidos em áreas sob responsabilidade de órgãos ambientais federais, como o ICM-Bio, na localidade Ponta do Socó, em Cajueiro da Praia.

Ainda assim, Jupi e os demais denunciados pelas pessoas sob ameaça, dizem que eles estão promovendo o terror em Barra Grande, derrubando as casas e destruindo as plantações dos agricultores da comunidade, expulsando com capangas armados, aterrorizando a população. 

Segundo a mensagem espalhada, que soa com pedido de socorro, um dos chefes dos capangas, conhecido como Jair, intimida a comunidade local acompanhado de um grupo de jagunços.

Diz ainda a denúncia dos moradores que uma mulher identificada apenas como Dona Maria, uma das moradoras da região, foi ameaçada, retirada de sua casa, que foi derrubada. A mulher passou mal e foi levada desacordada para o hospital. Todos os ocupantes da área foram expulsos das suas roças. 

Apoio da Polícia Militar

O mais grave da denúncia dos moradores é que o bando armado teria apoio da Polícia Militar, que teria atuado fazendo a proteção das máquinas usadas para derrubar as casas e destruir a as plantações da comunidade. 

Conforme a denúncia, na tarde de quarta-feira, os grileiros estavam a 100 metros da sede da associação comunitária, ameaçando e coagindo constantemente derrubá-la, com várias máquinas que estão destruindo as plantações e derrubando cercas e cometendo crime ambiental

Por isso, os agricultores usaram os meios de divulgação para pedir socorro Ao Ministério Público Federal, porque os citados acima estariam dispostos a mostrar seu poder colocando abaixo a sede da Associação Comunitária da Nova Barra Grande.

Outro Lado

O Portal AZ tentou contato com a Polícia Militar de Barra Grande, mas não recebeu retorno até o fechamento da publicação. O espaço segue aberto para esclarecimentos.

Fonte: Portal AZ