Secretário Fábio Abreu afirma que a fiscalização dos alimentos dos bovinos é feita durante todo o ano.
“Foi feito o comunicado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e
as amostras foram enviadas para o laboratório referência da instituição em
Alberta, no Canadá, que poderá confirmar se o caso é atípico”, informou o
Ministério em nota oficial.
No Piauí, os procedimentos são de prevenção através de fiscalizações.
“Nós fazemos a fiscalização da alimentação dos bovinos durante todo o ano. Mas
reforçamos ao produtor a recomendação que não faça uso de cama de galinha para
alimentar bovinos, que é o que pode causar essa doença, em sua forma clássica,
com consequências tão drásticas. O Piauí se mantém nessa constância de
vigilância e orientação ao produtor, para que ele não cometa o erro de
alimentação com os bovinos”, reforçou o secretário Assistência Técnica e Defesa
Agropecuária (Sada), Fábio Abreu.
De acordo com Flávia Barreto, médica veterinária e coordenadora do
Programa Estadual de controle da raiva dos herbívoros e encefalopatias
espongiformes transmissíveis da Agência de Defesa Animal (Adapi), no caso de
suspeitas do fornecimento de alimentação indevida aos ruminantes, o produtor
será enquadrado de acordo com a instrução normativa n° 41 do Ministério da
Agricultura.
“Durante todo o ano, fazemos fiscalizações à alimentação fornecida aos
ruminantes, de forma ativa e passiva, como forma de prevenir a doença da vaca
louca da forma clássica. No caso de suspeita do fornecimento de alimentação
indevida (cama de aviário), fazemos a coleta de amostras para envio ao
laboratório e interditamos a propriedade para investigação. Em caso positivo, o
produtor responderá pelo ocorrido de acordo com a legislação, em caso negativo
a propriedade é desinterditada”, alertou Flávia. Ações de educação sanitária
são constantemente realizadas alertando para a proibição do fornecimento de
cama de aviário, assim como esclarecimentos sobre as penalidades às quais os
produtores flagrados pela fiscalização responderão.
No Brasil, nunca foi registrado nenhum caso de doença da vaca louca de
forma clássica (que é essa transmitida através da alimentação). Os casos já
registrados são classificados na forma atípica (que acontece sem ser pela
ingestão de alimentos proibidos). Apesar disso, é importante alertar que o fato
do animal ingerir a cama de aviário, além do risco de contrair a doença da vaca
louca, outras doenças podem ser adquiridas como botulismo, bactérias, corpos
estranhos dentre outros.
Fonte: Repórter: Isiane Gonçalves
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