Todos os dias, pescadores artesanais com suas tarrafas e anzóis sobem em canoas ou barcos para lançarem-se nas águas revoltas do mar piauiense em busca do sustento de suas famílias.
No cumprimento dessa rotina
diária, quando se encontram no mar à noite, não raras vezes já deram de cara
com um tarrafador fantasma lançando sua tarrafa ao mar.
Ali, sozinhos, longe da terra
firme, sentem um medo inicial, mas depois de algum tempo, a tendência é se
acostumar. Apesar dos sustos com a aparição inesperada, o tarrafador fantasma,
ao que contam, não faz mal a ninguém. Apenas fica lançando sua rede ao mar como
os pescadores vivos fazem.
Acredita-se que seja o espírito
de um pescador já desencarnado que, por amar tanto seu ofício, acabou se
apegando a ele mesmo no pós-morte, de modo que fica por ali rindo-se dos sustos
que prega em seus colegas de profissão, enquanto lança ao mar, por toda a
eternidade, a sua tarrafa encantada…
FONTES:
http://www.emater.pi.gov.br/noticia.php?id=851
TEXTO: JOSÉ GIL BARBOSA TERCEIRO
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