Data foi instituída pela American Tortoise Rescue, para ser um dia de conscientização e divulgação de informações sobre essas espécies, que estão entre as mais antigas do planeta.
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Tartaruga da espécie oliva — Foto: Assessoria/Tamar |
Você sabia que o litoral do Piauí, apesar de ser o menor em extensão do
Brasil, é o mais querido pelas tartarugas marinhas? E que elas gostam da areia
grossa das nossas praias? No Dia Mundial da Tartaruga, o g1 reuniu curiosidades sobre
essa espécie tão dócil e querida, e a relação delas com a costa do estado.
Nesta segunda-feira (23) é comemorado o Dia Mundial da Tartaruga. A data foi instituída pela American Tortoise Rescue, uma entidade norte-americana de proteção às tartarugas e cágados, para ser um dia de conscientização e divulgação de informações sobre essas espécies, que estão entre as mais antigas do planeta.
Filhotes de tartarugas marinhas são liberados ao mar no Piauí — Foto: Tartarugas do Delta
- Tartaruga de pente
- Tartaruga oliva
- Tartaruga de couro (ou gigante)
- Tartaruga verde
- Tartaruga cabeçuda
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Tartaruga verde — Foto: Globo Repórter |
O encontro dos rios com o mar faz a mistura de nutrientes, que vêm e
vão com as marés trazendo esses elementos dos estuários e misturando com as
águas costeiras.
Segundo o Instituto Tartarugas do Delta, contribuem também as praias
com relevo diferentes, praias erosivas, íngremes, a granulometria da areia
grossa e a presença de bancos de gramas marinhas.
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Tartaruga-gigante encontrada no litoral do Piauí recebeu equipamento de monitoramento via satélite — Foto: Instituto Tartarugas do Delta |
São essenciais para o ecossistema
Segundo o Instituto Tartarugas do Delta, as tartarugas marinhas prestam
um serviço ambiental gratuito: elas se alimentam de algas e ajudam no controle
da população delas.
Sem as tartarugas, a população de algas bloqueia a passagem da luz, e a luz solar é essencial para a produção de oxigênio para as demais espécies de vida marinha.
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Tartaruga de Pente também é considerada em extinção no estado — Foto: Rui Rezende/ Sema |
Além disso, as tartarugas marinhas agregam valor turístico. A presença
dela nas praias piauienses é um sinal de que estamos em um ambiente
sustentável.
Seis tartarugas-cabeçudas (Caretta caretta), que receberam tratamento
médico após serem capturadas acidentalmente por pescadores, foram levadas à
praia nesta quinta-feira (11) em Gnejna Bay, em Malta. Técnicos auxiliaram os
animais no retorno ao mar. — Foto: Darrin Zammit Lupi/Reuters
Riscos à vida das tartarugas
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Instituto Tartarugas do Delta faz palestra para estudantes em Parnaíba, no Piauí — Foto: Instituto Tartarugas do Delta |
Nesta segunda, os biólogos do Instituto Tartarugas do Delta, que
trabalham duro para proteger as espécies que vivem no Piauí, fizeram palestras
para crianças em escolas da região.
“É um momento para iniciar a construção do conceito de
sustentabilidade. Estamos situados no menor litoral do Brasil, e é uma área que
precisa de muito cuidado para garantir que continue sendo esse berçário. Nosso
objetivo é criar essa consciência ambiental”, informou a entidade.
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Tartaruga vítima de rede de pesca, no litoral do Piauí — Foto: Instituto Tartarugas do Delta |
Segundo o Instituto, a poluição nas praias é o principal risco à vida
das tartarugas. O lixo descartado nas praias e no mar, por embarcações, são
ingeridos pelos animais marinhos.
Outro risco é a pesca, mesmo não sendo direcionada às tartarugas, que
acabam se enrolando em redes de pesca e morrem afogadas, já que precisam subir
à superfície para respirar.
Por Andrê Nascimento, g1 PI
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