A tia Bruno Stanrley destacou que não havia salva-vidas na praia e o Corpo de Bombeiros só apareceu no local duas horas depois do ocorrido.
Engenheiro civil Bruno Stanrley Carvalho Viana, de 26 anos |
Thasmylla Teles detalhou que o jovem desapareceu no mar por
volta das 11h40 quando a maré subiu. Ele estava na companhia da mãe e de outros
parentes banhando na praia quando sua mãe percebeu que o mar havia subido
rapidamente e que não conseguia tocar os pés na areia. Na sequência,
ela decidiu sair do mar, chamou pelos demais e ainda pediu ajuda para os
outros banhistas. Nesse momento, Bruno Stanrley ainda conseguiu empurrar e
salvar uma prima de 13 anos antes de sumir na água.
"No momento eles estavam banhando, normal, brincando com a prima dele, o namorado da prima dele e a mãe dele. Foi quando a maré encheu rápido demais a mãe dele conseguiu sair e pedir ajuda. A mãe dele disse que não conseguia tocar os pés no chão e os banhistas que estavam próximo ajudaram a prima dele, o namorado dela e ele empurrou a prima dele de 13 anos para fora e não conseguiu sair junto, foi quando ele afundou e sumiu”, explicou.
A tia Bruno Stanrley destacou que não havia salva-vidas na praia e o
Corpo de Bombeiros só apareceu no local duas horas depois do ocorrido. Thasmylla
Teles denunciou que houve negligência por parte dos bombeiros no
atendimento e que o corpo foi localizado por pescadores, que ajudaram a
todo momento nas buscas. Segundo ela, o próprio pai de Bruno que levou seu
corpo no carro para o Instituto Médico Legal (IML) de Parnaíba.
"Teve negligência sim. Eles só estiveram no local para cumprir protocolo. O Bruno sumiu por volta de 11h30, 11h40 e eles chegaram por volta de duas horas depois. Se eles procuraram 15 minutos foi muito. Eles disseram que pararam por conta de uma chuva, mas quando começou a chover eles não estavam mais no local. O pai dele que permaneceu no local até na hora de encontrar o corpo. Foi um pescador que achou, a moça correu para chama ele, ele pegou o filho nos braços e levou para o IML de Parnaíba. Eles disseram que não tinham guarda-vidas lá por conta de que a praia não tem índice de mortalidade, mas é em nenhuma praia. Eu tenho costume de andar direto em Luís Correia e nunca vi salva-vidas, em nenhuma das praias. Eles demoraram bastante para poder procurar ele. A 1 ano perdemos o primo com a mesma idade e a menos de 6 meses o avô paterno", desabafou.
Bruno Stanrley Carvalho Viana foi velado neste domingo (17) na
Igreja Sara Nossa Terra, onde recebeu homenagens. O sepultado ocorreu no
cemitério Jardins, sob bastante comoção. Ele residia no bairro Lourival Parente
e era concursado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Em nota divulgada para imprensa pelo Ten. Cel. Veloso, Chefe de
Gabinete do Comando Geral e Chefe de Relações Publicas, a corporação destacou
que a praia de Maramar é de relevo suave e não tem histórico de
acidentes, motivos pelos quais não foi colocada equipe de prevenção aquática.
No entanto, ‘será feita apuração dos fatos relacionados ao acidente para
implementação de ações no sentido de melhorar cada vez mais a qualidade dos
serviços prestados a sociedade piauiense’.
Veja a nota na íntegra:
O Corpo de Bombeiros Militar, ao tempo que lamenta, se solidariza com a
família enlutada pelo acidente fatal que vitimou o Sr. Bruno Stanrley Carvalho
Viana, vem a público esclarecer que durante o final de semana foram realizadas
prevenções aquáticas nos pontos de concentração de banhistas que oferecem maior
risco de acidentes por conta de profundidade e violência das águas.
A praia de Maramar, em Luís Correia, é de relevo suave e não tem
histórico de acidentes, motivos pelos quais não foi colocada equipe de
prevenção aquática.
Será feita apuração dos fatos relacionados ao acidente para
implementação de ações no sentido de melhorar cada vez mais a qualidade dos
serviços prestados a sociedade piauiense.
Por Victor Melo / MN
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