Pacientes no corredor há dias em cadeira de roda ou macas sem ao menos o fornecimento de lençóis, outros com exames prontos a espera de um médico há horas.
A
deputada estadual Teresa Brito (PV), presidente da Comissão de Saúde da
Assembleia, em visita na tarde desta quinta-feira (7) ao Hospital Estadual Dirceu
Arcoverde (Heda), junto com outros deputados e representantes da secretaria de
saúde, além de alguns vereadores, disse que ficou muito chocada com a situação
do Pronto Socorro do hospital: superlotado, “com pacientes com até 3 dias de
internados numa cadeira, paciente de pé diabético, que não pode ficar nessas condições,
com edema nas pernas, muito sofrido. Vi muito sofrimento aqui, uma situação de
calamidade, parece um hospital de guerra”, disse a deputada, em entrevista.
Ela
disse que ficou chocada e com grande preocupação, prometendo e cobrar
providências no sentido de ter um atendimento humanizado, que não está tendo.
“Já tivemos uma reunião com a diretora e tem que resolver essa situação de
pacientes internados em cadeiras, em macas sem colchonetes, sem lençóis, o
hospital tem muito poucos lençóis, a maioria é de lençóis de pacientes. É
preciso ter mais humanização e celeridade. Nós vimos paciente aqui que
chegou às 9 da manhã, já tinha feito um exame de imagem, uma tomografia,
mas às 15 horas o médico não tinha aparecido para dar um diagnóstico.
Igual essa situação tinha outras. Está tudo muito desorganizado”, denunciou.
Ela
disse também que, embora tenha outros, o grande gargalo do hospital é o Pronto
Socorro, que é superlotado e recebe pacientes de vários municípios vizinhos. “É
preciso organizar essa rede. Tem um hospital em Buriti dos Lopes que tem 22
leitos, mas está fechado para internação porque o governo do Estado está
devendo, há 7 meses, o repasse que é 79 mil reais. O hospital está
limpinho, arrumadinho que poderia ser referendado; temos Barras, que é um
hospital muito grande, tem estrutura boa, que pode se fazer um grande
atendimento, e barrar um pouco essa vinda de pacientes pra cá”, comentou a
deputada.
Ela
relatou haver encontrado vários pacientes de Barras, Esperantina,
Piracuruca… “esses atendimentos poderiam ser atendidos na região. Os de
Piracuruca poderiam ser atendidos em Piripiri. Lá também está superlotado, mas
está bem organizado. “Eu disse para a diretora que ela deve ir para dentro do
PS, com uma diretoria de enfermagem boa. Há muitas reclamações com
atendimentos, grosseiros, os pacientes maltratados. Eu ouvi muito isso
nas enfermarias. Pra mim foi uma decepção o hospital de Parnaíba. Aqui em
pensei que estava organizada, mas encontrei um hospital de guerra. Aqui o PS
está muito ruim. Vamos cobrar as providências”.
A
atual diretora do Heda, Gisella Maria Serafim, disse estar a pouco mais de 90
dias e “temos buscado entender o contexto da cidade e a relação do Heda com
Parnaíba e os 11 municípios da planície litorânea; Essas dificuldades não são
de agora, demanda de 15 a 20 anos, porque a cidade foi crescendo, a cidade
oferece uma boa condição de vida, mas infelizmente temos uns percalços na
saúde”, destacou.
Ela
comentou também a respeito de uma grande demanda dos municípios da planície
litorânea; do Maranhão e um pouco do Ceará, que também buscam o Heda para
tentarem amenizar uma assistência. “A vinda dos parlamentares vai ser uma tentativa
de buscarmos solução, através de emendas parlamentares, porque na verdade não
podemos culpar só o governo. Temos que buscar outras estratégias, até a
pareceria público privada, porque a saúde é cara. E nesse entorno há uma
dificuldade muito grande, porque além da saúde pública os pacientes
também da saúde privado vem pra cá porque não se tem um pronto socorro
particular. Acredito que, a partir dessa fiscalização, a gente possa tratar de
algumas propostas com o legislativo. Vamos marcar algumas encontros para
alinharmos algumas saídas”, justificou. (Entrevista concedida a Gláucio Jr.)
Por:
Bernardo Silva
Fotos:
Gláucio Jr.
Edição:
José Wilson | Jornal da Parnaíba
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