A decisão é do juiz Georges Cobiniano Sousa de Melo, da 1ª
Vara Criminal da Comarca de Parnaíba e foi dada no dia 2 de agosto.
Foto: Arquivo Pessoal Gilmara Veras |
O juiz Georges Cobiniano Sousa de Melo, da 1ª Vara Criminal
da Comarca de Parnaíba, recebeu denúncia do Ministério Público do Estado do
Piauí (MPPI), contra Bruna Vasconcelos Carvalho, Kelcyanne de Araujo Miranda e
David Alisson da Cruz, acusados de assassinar Gilmara Veras de Araújo, de 26
anos, no dia 14 de julho. A decisão foi dada no dia 2 de agosto.
Na decisão, o magistrado destacou que existem elementos
suficientes que indicam a autoria e materialidade do crime, como depoimento de
testemunhas, o laudo cadavérico, exames de corpo e delito e as declarações dos
acusados.
“A imputação delitiva é lastreada pelos elementos colhidos
no inquérito policial, os quais dão embasamento às afirmações feitas da
denúncia. Com efeito, a imputação encontrou respaldo nos elementos indicativos
de autoria e materialidade consolidados no acervo informativo, considerando
sobremaneira o depoimento das testemunhas, o laudo cadavérico e de exame de
corpo de delito, bem como as declarações dos acusados”, destacou.
Acusadas alegaram rixa antiga
O sargento Farlon Machado, do 2º Batalhão da Polícia
Militar, foi um dos policiais que participou da prisão dos três envolvidos. Ele
informou ao GP1 que o assassinato ocorreu durante uma briga entre elas na noite
de 14 de julho.
“Elas alegaram uma rixa antiga, em que uma olhava para a
outra e dizia ‘o que é que você quer?’. A partir disso, foi aumentando essa
cisma entre elas. Quando foi na noite de ontem, elas se encontraram. A Gilmara
começou a brigar com a Bruna e a vítima estava ganhando. Aí, a Gleiciane
desferiu um golpe de capacete na cabeça da Gilmara, que caiu e, então, a Bruna
desferiu golpes de faca na vítima”, relatou.
A participação de David Alisson foi após o homicídio, quando
ele ajudou as duas jovens a fugirem. “O namorado da Bruna [David Alisson]
ajudou as duas a fugirem após o assassinato e por isso também foi preso”,
completou o sargento Farlon Machado.
Outros aspectos do crime ainda serão investigados pela
Polícia Civil, como o fato de Bruna já estar ou não com a faca antes de se
encontrar com Gilmara e se o namorado da acusada foi o responsável por fornecer o
instrumento para a prática do assassinato. “Ela alegou que já estava com a
faca. Mas nós recebemos a informação de que ela recebeu a faca do próprio
namorado. Mas isso é uma informação que ela pode ou não confirmar na defesa
dela perante o delegado”, concluiu o sargento.
Entenda o caso
Gilmara Veras de Araújo, de 26 anos, foi assassinada a facadas
na localidade Lagoa do Portinho, zona rural de Parnaíba. Conforme informações
do coronel Antônio Pacífico, comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, a
guarnição foi acionada por volta de 19h20 e ao chegar no local encontraram o
corpo da jovem com marcas de perfurações de faca.
"Ao chegarmos na localidade Lagoa do Portinho
encontramos o corpo da jovem com perfurações de faca. Ainda chegamos a acionar
o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas ela já estava
morta", relatou.
Os três acusados de cometer o crime foram capturados no dia
15 de julho, em uma residência situada na Rua Guarani Ferreira Linhares, no
bairro Vicente de Paula, em Parnaíba.
Por Davi Fernandes/GP1 | Edição: Jornal da Parnaíba
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