Uma multidão composta de parnaibanos e caravanas vindas de diversas acompanha a procissão de São Francisco.
Já não são apenas os fiéis parnaibanos que acompanham todos os anos,
neste dia 4 de outubro, a procissão de São Francisco. São centenas de católicos,
vindos de outras paragens, principalmente de cidades vizinhas do Ceará e
Maranhão, que se comprimem em frente a igreja, esperando a saída da procissão,
que percorre várias ruas e avenidas da cidade, com devotos pagando promessas,
das mais diferentes formas. Hoje, quinta-feira, não foi diferente. Enquanto a
procissão seguia as crianças faziam encenações e distribuíam água.
É a fé naquele que foi exemplo de humildade e desprendimento: São
Francisco de Assis, o padroeiro dos animais e da natureza, também conhecido por
ser o santo dos pobres. Este ano, mais uma vez, repetiu-se a
tradição, quando uma multidão seguiu em oração a imagem de São Francisco
carregada em andor, cercado de padres e fiéis.
Desde o ano de 1946 a igreja de São Sebastião passou a sediar o
convento dos frades capuchinhos. Desde então, as festividades em alusão a São
Francisco se iniciaram por ali também. “Com a ajuda do povo de Deus essa festa
foi crescendo a cada ano e hoje em dia o que temos é um grande encontro que a
nível de nordeste só fica atrás de Canindé, no Ceará”, disse certa época um
frei, em entrevista a uma emissora de televisão.
A HISTÓRIA
São Francisco de Assis nasceu em Assis, Itália, em 1182. Era
filho de Pedro Bernardone, um rico comerciante, e Pia, de família nobre da
Provença. Na juventude, Francisco era muito rico e esbanjava dinheiro com
ostentações. Porém, os negócios de seu pai não lhe despertaram interesse, muito
menos os estudos. O que ele queria mesmo era se divertir. Porém, São
Boaventura, seu contemporâneo, escreveu sobre ele: “Mas, com o auxílio divino,
jamais se deixou levar pelo ardor das paixões que dominavam os jovens de sua
companhia”.
VIDA DE SÃO FRANCISCO
Na juventude de Francisco, por volta de seus vinte anos, uma guerra
começou entre as cidades italianas chamadas Perugia e Assis. Ele queria
combater em Espoleto, entre Assis e Roma, mas caiu enfermo. Durante a doença,
Francisco ouviu uma voz sobrenatural. Esta lhe pedia para ele “servir ao
amor e ao Servo”. Pouco a pouco, com muita oração, Francisco sentiu em seu
coração a necessidade de vender seus bens e “comprar a pérola
preciosa” sobre a qual ele lera no Evangelho.
Certa vez, ao encontrar um leproso, apesar da repulsa natural, venceu
sua vontade e beijou o doente. Foi um gesto movido pelo Espírito Santo. A
partir desse momento, ele passou a fazer visitas e a servir aos
doentes que se encontravam nos hospitais. Aos pobres presenteava com suas próprias
roupas e também com o dinheiro que estivesse no momento.
Por: Bernardo Silva/Fotos Camila Neto | Edição: Jornal da Parnaíba
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