Celina Olivindo recebe notificação para conduzir Azulino até novo
processo eleitoral, mas decisão do Tribunal de Justiça – que conduziu vice à
presidência interina – impede ato: “Tenho que esperar”.
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Presidência Parnahyba segue sem nome após novo despacho (Foto: Renan Morais) |
A batalha judicial que derrubou Batista Filho do comando do Parnahyba
segue com imbróglio na Justiça e, consequentemente, sem definição de quem vai
assumir o clube. Um dia após receber a intimação para tomar posse da
presidência do Tubarão de forma interina, a administradora Celina Maria
Olivindo, nomeada como interventora azulina pela da 1ª Vara da Comarca de
Parnaíba, acabou impedida após a despacho do desembargador Oton Mário Lustosa,
do Tribunal de Justiça. Esse foi mais um capítulo de um impasse que começou em
maio, quando Batista foi afastado do cargo por irregularidades na eleição e não
prestar contas durante mandato.
De acordo com Celina, os advogados de defesa e acusação entraram com
novas prerrogativas na esfera judicial, e os próximos passos serão
determinados.
Petrarca Alelaf e Leony Veras, o "Gringo" representam a chapa de oposição que perdeu a última eleição para a diretoria do Parnahyba e que acionou a justiça (Foto: José Wilson / Jornal da Parnaíba) |
- Quinta-feira fui intimada pelo juiz da 1ª vara Cível (Georges
Cobiniano Sousa de Melo). Ao chegar lá, fui informada de que assumiria o clube.
Porém, no dia seguinte, recebi uma ligação informando que o advogado de uma das
partes havia entrado com um pedido em Teresina. Após isso me pediram apenas
para esperar porque os advogados estão entrando com novas prerrogativas –
explicou a administradora, professora de administração da Universidade Federal
do Piauí (UFPI).
Com a última decisão do Tribunal de Justiça, quem fica responsável pelo
levantamento dos dados para a prestação de contas do Parnahyba é presidente
interino Osvaldo Brandão. Toda a documentação deve ser enviada à Justiça em
prazo determinado pelo juiz. Contudo, há interpretações distintas dos advogados
de Batista e Gringo.
O que diz a defesa de Batista?
Com a nova determinação do desembargador, quem deve assumir o Tubarão
de forma interina é o vice-presidente Osvaldo Brandão. Porém, isso só deve
acontecer após intimação do juiz da 1ª vara cível de Parnaíba, segundo o
advogado do clube, Miguel Bezerra. A defesa de Batista ainda tenta ações na
justiça para que o dirigente volte a comandar o Parnahyba.
- Por força maior do agravo do desembargador de Teresina, o Osvaldo vai
assumir o cargo na presidência. Mas vamos tentar ir mais além e retornar o
Batista ao cargo. Ele (Osvaldo Brandão) não assumiu ainda porque precisa ser
intimado. Enquanto isso, vamos contestar a ação porque ela continua. O que
estamos discutindo aqui é apenas a liminar que derrubou o presidente.
Posteriormente, vamos entrar com um novo recurso – disse o advogado azulino.
Gringo, à direita, move ação contra Batista Filho, após derrota nas
elições do clube ano passado (Foto: José Wilson/Jornal da Parnaíba)
O que diz a defesa de Gringo?
Thiago Menezes, advogado de Gringo, mantém a interpretação de que a
intervenção não foi derrubada pelo despacho do desembargador, situação
defendida pelos advogados de Batista.
Segundo Thiago, Celina não assumiu ainda porque o juiz da 1ª Vara da
Comarca de Parnaíba não recebeu a decisão de forma oficial.
- Semana passada, o sistema da justiça teve um problema. Por conta
disso, o juiz ainda não havia recebido de forma oficial a decisão do
desembargador. Somente depois disso ele deve encaminhar que Celina assuma o
clube. Mesmo assim, vamos entrar com um agravo interno contestando a decisão do
desembargador – disse o advogado.
Batista x Gringo
A presidência do Parnahyba foi alvo de ação na Justiça depois que Leony
Veras, o Gringo, moveu uma ação questionando, além da validade da eleição
presidencial na qual foi derrotado, a transparência na prestação de contas da
gestão de Batista Filho.
Derrotado nas eleições presidenciais em outubro do ano passado, Gringo
levantou suspeitas de fraude no pleito que prolongou por mais dois anos o
mandato de Batista Filho. No processo movido pelo ex-jogador, Batista foi
denunciado também pela ausência na prestação de contas de patrocínios oriundos
da Prefeitura Municipal de Parnaíba.
Fonte: G1/PI | Edição: Jornal da Parnaíba
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