Agentes e Escrivães da Delegacia Regional de Parnaíba emitem nota de
esclarecimento sobre a greve da Polícia civil. Confira na integra.
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Polícia Civil de Paranaíba decidem permanecer em greve por tempo indeterminado. |
Nota a imprensa
Os Agentes e Escrivães de Polícia Civil da Delegacia Regional de
Parnaíba vem por meio desta nota informar e esclarecer os motivos da greve e
continuação da mesma.
Ainda em meados do ano de 2015 foi ajuizada uma ação de Dissidio
Coletivo de Greve (Processo TJ-PI nº 2015.0001.004632-5), na qual a categoria
de base da Polícia Civil do Piauí busca condições dignas de trabalho, redução
de discrepâncias salarias, entre outras reivindicações. Na audiência de
conciliação da referida ação judicial, o Estado do Piauí se comprometeu a
atender algumas das solicitações da categoria, porém descumpriu os principais
pontos reivindicados. Em fevereiro de 2018, houve nova tentativa de
conciliação, onde o Estado do Piauí se absteve de cumprir o acordo judicial,
acordado em audiência em junho/2015, portanto, há quase três anos.
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Agentes e escrivães da Polícia Civil de Parnaíba decidem pela continuação da greve. |
Diante o descaso e desrespeito com os agentes e escrivães da Polícia Civil
agravados na segunda audiência (fevereiro/2018), a categoria de base da polícia
civil se mobilizou para deflagração da GREVE, e, dentro dos trâmites legais, o
SINPOLPI - Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Piauí, no dia
28/03/2018, através do oficio nº 44/2018, notificou o Estado do Piauí que
iniciaria a paralisação da categoria no dia 03/04 às 00:00 hrs, em razão do
descumprimento do acordo judicial que o estado, mesmo após 3 anos, insiste em
descumprir.
Assim, por determinação do SINPOLPI, através de assembleia geral
extraordinária da categoria dos Policiais Civis de carreira do Estado do Piauí,
no dia 15/03/2018, foi determinado nas linhas 120 a 126 que em respeito a
previsão legal, em relação aos 30%, seriam atendidos somente os crimes contra a
vida, homicídios, latrocínios, crimes contra a criança, contra o idoso e crimes
de estupro.
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Polícia Civil de Parnaíba durante ação de combate ao tráfico de drogas em Parnaíba |
Perante o embasamento acima exposto, esta Comissão de Agentes e
Escrivães, pede a compreensão da população, principalmente das cidades
abrangidas pela 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, região norte do Estado,
que procuraram ou vierem a procurar atendimento nas Delegacias, que entendam
estes servidores quanto ao motivo de suas recusas ao não atendimento, para os
crimes que não estão previstos na cota dos 30%.
Os Agentes e Escrivães estão sensibilizados diante da demanda por
atendimento, e ficam à disposição para esclarecer qualquer tipo de dúvida.
Porém estes mesmos servidores lutam por algo a mais, que ultrapassa valor
pecuniário, lutam pelo respeito ao direito à Segurança Pública que o cidadão
merece, direito este assegurado constitucionalmente e pelo qual os policiais civis
da base, abdicando muitas vezes do convívio com a própria família, do lazer,
incorrendo em riscos, seja em grandes operações, seja numa delegacia sozinho
com vários presos em face do descaso do Estado, se esforçam além do que lhe
seria normalmente exigido para tentar assegurar ao máximo a segurança dos
cidadãos, de onde se inclui obviamente a segurança dos próprios agentes e suas
famílias, por vezes também perseguidas em razão da atuação do policial civil.
Ante o exposto os agentes e escrivães continuam aguardando, mesmo após
3 anos, que o governo cumpra o acordo judicial firmado no dissídio coletivo em
2015, afinal o mínimo que se espera do estado é que preserve sua
"palavra" firmada em processo judicial, tendo em vista que após 4
anos de gestão, mesmo investindo rios de dinheiro em detrimento da segurança,
entre outros investimentos duvidosos, o povo sente a cada ano que passa o
resultado do descaso com a segurança pública.
Agentes e Escrivães da Delegacia Regional de Parnaíba
Da redação do Jornal da Parnaíba | Fotos: Gleitowney Miranda
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