Secretaria Executiva do Conselho das Zonas de Processamento de
Exportações se articula para fazer parcerias com zonas francas de países árabes
e atrair investimentos da região.
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Secretária Executiva do Conselho das Zonas de Processamento de Exportações (SE/CZPE), Thaise Pereira Pessoa Dutra se reúne cm representantes das ZPEs do Pecém e Parnaíba. |
O Brasil quer atrair investimentos árabes para as suas
Zonas de Processamento de Exportações (ZPEs), áreas industriais nas quais as
empresas instaladas têm benefícios para exportar, e também pretende promover
uma aproximação com as zonas francas destes países.
O assunto foi tratado nesta quarta-feira (11) em uma reunião em
Brasília, encabeçada pela Secretaria Executiva do Conselho das Zonas de
Processamento de Exportações (SE/CZPE), com a presença do diretor geral
da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, e representantes da
ZPE do Pecém – Ceará e da ZPE Parnaíba – Piauí.
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Thaíse Pereira Pessoa Dutra: investimentos |
A Secretaria pertence ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e
Serviços (Mdic). Segundo a secretária executiva do CZPE, Thaíse Pereira Pessoa
Dutra, o governo brasileiro está buscando agregação de valor à cadeia produtiva
por meio das ZPEs. Na prática, há um incentivo para que nestas zonas sejam
fabricados produtos com valor agregado para a exportação. “O Brasil já possui
competitividade notória em comércio exterior nas cadeias primárias”, diz.
Thaíse acredita que o foco das ZPEs se encaixa nas demandas do mercado
árabe, que tem grande preocupação com a segurança alimentar. A ideia é que os
árabes invistam nessas zonas para depois exportarem os alimentos a seus países.
Thaíse acredita que os projetos nas ZPEs poderiam ser até focados em produtos
de interesse dos árabes, como proteína animal.
A secretária executiva participou do Fórum Econômico Brasil – Países
Árabes, que ocorreu na capital paulista no começo de abril, e teve conversas
com várias lideranças árabes presentes, como executivos de entidades e de zonas
francas. Também estiveram no fórum representantes de ZPEs de Bataguassu (MS),
Uberaba (MG) e de Pecém (CE).
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Apresentado a investidores oportunidades de negócios
na ZPE Parnaíba
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Thaíse acredita que para atrair os árabes é necessário entender a
cultura deles quanto aos investimentos. Ela quer contar com essa aproximação
das zonas francas locais para isso e também para ajudar na atração dos
investimentos da região para as ZPEs brasileiras.
Hoje há uma ZPE já em operação no Brasil, a do Ceará, e 19 em processo
de implantação. A do Piauí está em fase de conclusão de obras. As iniciativas
mais atuais de ZPEs fazem parte da segunda geração destas zonas, que faz a
prospecção de investimento já no momento inicial do projeto e não cria a zona
para depois ver a viabilidade de atração de investidores.
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Secretaria Executiva do Conselho das Zonas de
Processamento de Exportações se articula para
fazer parcerias com zonas francas de países árabes
e atrair investimentos da região.
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Thaíse conta do impacto da ZPE do Pecém na economia do estado. As
exportações do Ceará tiveram no ano passado um crescimento de 62,5%,
impulsionadas pela zona, que abriga a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP),
exportadora de placas de aço. As vendas externas de semimanufaturados de
ferro e aço do estado somaram US$ 1,04 bilhão em 2017, o que representou 50% do
total das exportações de Ceará.
Jornal da Parnaíba com informações da ANBA
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