O enredo gira em torno do conturbado
relacionamento das irmãs Rosa e Margarida
Após as apresentações em Bom
Jesus, José de Freitas, Pedro II e Oeiras o espetáculo “As Malditas” segue
turnê para a cidade de Parnaíba. A apresentação
acontece no dia 15 de julho no Espaço Balaio com entrada Franca.
"Duas irmãs com nome de
flores e almas de espinhos". Já por esta frase se começa a definir por
onde anda o enredo das duas mulheres que dividem casa, intrigas e alfinetadas
necessárias à própria sobrevivência incontrolável.
Um conturbado relacionamento
das irmãs Rosa e Margarida, que ao complexo de "Malditas" aguçam uma
rede de intrigas dadas ao cotidiano de uma (in)feliz convivência.
Por sete anos dividem um toma lá, dá cá, para "devoção familiar"
de parentas que não se suportam.
A montagem reconta a última noite
que passaram juntas, se amaldiçoando por tudo que fizeram, ou deixaram de fazer
uma à outra. A peça já recebeu diversas montagens Brasil afora e sempre com uma
boa recepção, pelo teor cáustico cômico.
O texto original tragicômico é do
paraibano Saulo Queiroz. Ele, de uma geração de autores/as dramaturgos/as que
compõem o nicho literário dramático nordestino, no cenário da Paraíba. A
história foi escrita em 1997.
O autor criou uma trama, de
irmãs antagônicas que devem favores uma à outra e que geram uma
"guerra" intra-paredes, em acelerado processo de armar o destino que
defina que vai sobreviver às delicadas doses de "veneno" que preparam
para a sorte dos próprios futuros.
Margarida é analfabeta, viúva,
pobre e desenvolve um fanatismo religioso. Rosa é deficiente física, professora
universitária aposentada e apreciadora de música erudita. Seus ouvidos afinados
ao clássico a faz sentir-se "melhor" que o mundo, da irmã de pouca
cultura. Elas vivem, a contragosto, uma difícil relação de dependência mútua. E
não alimentam bons sentimentos acerca da vida familiar e da existência.
Uma coisa em comum? O
mesmo sangue e o mesmo ódio. Um ódio surgido na infância que atravessou a
adolescência e encontrou maior vigor em plena meia idade. Ironicamente o
destino lhes pregou uma peça, são obrigadas a viverem sob o mesmo teto. Essa
vida que as reúne e impõe dependência mútua é também a que jamais
podem propiciar uma trégua, de verdade, dentro das tramas de fingimento e
de falsas atenções familiares.
Uma, financeira e
profissionalmente, bem sucedida, mas paralítica amarga. Outra,
"sozinha" no mundo, mas jamais ambicionou um espaço maior que a
própria cozinha. E, numa situação de quase abandono, se sujeita ao
conforto e bondade da irmã paraplégica. Dividem um velho casarão e, dessa
forma, terminam seus dias fazendo às vezes, ou quase sempre, uma companhia
infernal uma à outra.
Atuam no espetáculo tragicômico,
os atores Carlos Anchieta e Franklin Pires. Juntos pela primeira,
Anchieta e Pires, têm experimentado o doce sabor da vitória na cena e
dos "desvios" encontrados à construção da personagem que trazem, à
cena, com gosto de crimes delicados.
A produção executiva do
espetáculo é de Carlos Anchieta & Bid Lima; cenografia de Bid Lima e Manu
Andrade; figurinos de Bid Lima; caracterização e maquiagem de Danilo França;
sonoplastia de Márcio Brytho e luz de Pablo Erickson.
A peça conta com o apoio do
Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Cultura.
“O espetáculo vem com um texto
muito rico, que passeia pelo drama, mas vem com umas pitadas de comédia.
Esperamos que o público goste”, diz o ator Carlos Anchieta.
Serviço:
"As MalDitas"
ESPAÇO BALAIO
15/07 - SÁBADO
ENTRADA FRANCA
ÁS 20:00 HORAS
CENSURA – 14 ANOS
INFORMAÇÕES: 86.9406 8310
Da redação do Jornal da Parnaíba
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