sábado, agosto 20, 2016

Festluso-2016, mais uma edição em Parnaíba!

O Grupo Harém de Teatro aquece as baterias para mais um Festival de Teatro Lusófono -FestLuso 2016 na cidade de Parnaíba de 23 a 26 de agosto. O grande encontro lusófono deste ano atrai amigos e artistas de palco do Brasil, Cabo Verde, Angola, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.
Espetáculos de câmara, de rua, oficinas, shows, lançamentos de livros  e a  realização especial  da 5ª Edição do NORTEIA- Núcleo de Laboratórios Teatrais do Nordeste, compõem a agenda de uma semana de lusofonia ampliada. As fronteiras dramáticas de língua portuguesa afinam linguística de expressão e atos de cena em festejada integração da arte e da ciência dos palcos.

Todos os olhares e atenções estão voltados para o FestLuso 2016, que nunca esteve tão próximo do que a humanidade discute atualmente. Este ano o homenageado é Julio Romão da Silva, jornalista, o pesquisador, o precursor do teatro e da crítica literária afrodescendente no Movimento da Negritude Brasileira. As temáticas e reflexões estão centradas nesta edição no  Teatro Negro/e o negro no teatro no espaço lusófono, a curadoria criou para essa edição, um evento que traz para o centro da cena as discussões atuais.
O FestLuso 2016 tem o apoio do Governo do Estado do Piauí, Secretaria  de Estado da Cultura- SECULT, através do SIEC, Armazém Paraíba, Uespi e Circuito de Teatro em Português. E realização do Grupo Harém de Teatro.

PARNAÍBA – PIAUÍ
Local: Teatro Sesc Avenida
Dia 23/agosto – quarta-feira, 19h - Laços de Sangue - Núcleo Experimental de Teatro (Núcleo Criativo e Fundação Sindika Dokolo/Elinga Teatro) - Luanda/Angola
SERVIÇOS: 120 min. / 14 anos / Drama

Dia 25/agosto - quinta-feira, 19h - Nos tempos do Gungunhana - Klemente Tsamba – Moçambique/Portugal
SERVIÇOS: 50 min. / 16 anos / Drama - História

Dia 26/agosto – sexta-feira, 19h – Mulheres e Lendas – A e C Promoções Culturais – Parnaíba – Piauí - Brasil
SERVIÇOS: 60 min. / 14 anos / Drama

NOS TEMPOS DO GUNGUNHANA - Klemente Tsamba – Moçambique / Portugal
É um monólogo interativo, inspirado nos contadores de histórias africanas e nos relatos de Ualalapi, livro do escritor moçambicano Ungulani Ba ka Khosa, vencedor do prémio de ficção narrativa (Moçambique – 1990).  “Nos tempos de Gungunhana” é um conjunto de histórias dentro de uma história, uma obra que parte de um tempo histórico e de uma cultura particular para depois seguir numa viagem universalista e sem fronteiras.
“Era uma vez um guerreiro da tribo Tsonga chamado Umbangani Namani, que fora em tempos casado com uma linda mulher da tribo Macua, chamada Malice. Não tiveram filhos… mas tentaram muito… Este é o mote que dá início ao grande karingana ou conto tradicional sobre os ciúmes e os feitiços vividos numa família comum, que muito rapidamente se transforma numa sequência de outros pequenos karinganas que relatam  aspectos relacionados com a vida na corte do rei Gungunhana.”
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Textos Originais: Ungulani Ba Ka Khosa
Criação, Interpretação, Cenografia e Design de Figurino: Klemente Tsamba
Colaboração e Assistência Criativa: Filipa Figueiredo, Paulo Cintrão e Ricardo Karitsis
Direção, Operação Multimédia, Revisão do Texto e Criação do Figurino: Filipa Figueiredo
Desenho, Montagem de Luz e Operação de Luz: Ivan Castro e Ana Rodrigues
Criação de Figurino: Anabela Pereira da Silva
Fotografia: José Ferrolho
Cartaz: Susa Monteiro
Produção: Teatro Tribos - Grupo Informal
SOBRE O CRIADOR E INTÉRPRETE
Klemente Tsamba nasceu na Malhangalene [1974], um dos bairros mais criativos de Maputo, capital de Moçambique e, desde cedo integrou vários projetos relacionados com artes performativas tais como, bandas de música tradicional, trupes de dança hiphop e mais tarde, grupos de teatro amador. Após ter participado no 1º curso de teatro comunitário promovido pelo PAND - artistas unidos da Finlândia e Teatro AGORA, é seleccionado [2001] para integrar o projeto “Xtórias”, uma performance teatral baseada em contos tradicionais macondes e alentejanos, produzida pelo Arte pública – Artes performativas de Beja [Portugal] e dirigida pela encenadora Gisela Cañamero. Já a trabalhar como actor profissional, conclui a licenciatura em Educação e Comunicação Multimédia [2009], e através da conjugação destas duas áreas, passa a dedicar a sua criatividade ao serviço de entidades relacionadas com a educação pela arte, através da promoção e monitorização de oficinas de criatividade para crianças e jovens. Estreia-se como criador em nome próprio com a peça  "Magia Negra", um monólogo baseado na literatura moçambicana, que veio a representar Moçambique no 1º Festival de Teatro Lusófono de Teresina no Piauí, com passagem por Salvador da Bahia - Brasil [2008].

LAÇOS DE SANGUE – Núcleo Experimental de Teatro - NET – Angola - África
A narração baseia-se num conflito entre dois irmãos, Morris e Zacarias, filhos da mesma mãe e pais diferentes, que, por circunstâncias naturais, um nasceu negro e outro mestiço. Esta diferença determinou percursos e oportunidades desiguais nas suas vidas, que o escritor Athol Fugard explorou dramaturgicamente.  A peça foi escrita no contexto sócio-político sul-africano do apartheid, contudo aborda um tema transversal a todas as épocas e sociedades. Na triangulação atlântica Angola, Brasil e Portugal, onde os discursos luso-tropicalistas e os mitos da democracia racial remetem a questão racial para uma aparente invisibilidade, é urgente reflectir e debater frontalmente o tema do racismo que perdura nas nossas sociedades actuais.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Laços de Sangue é uma adaptação do texto de Athol Fugard
Adaptação e Direção: José Mena Abrantes
Direcção de Actores: Rogério de Carvalho
Actores: Meirinho Mendes e Raúl do Rosário
Desenho de Luzes: Jorge Ribeiro
Sonoplastia: Sebastião Delgado
Guarda-Roupa: Alex Kangala.
Coprodução: Trienal de Luanda, Elinga Teatro e Núcleo Experimental de Teatro
O GRUPO
NET | Núcleo Experimental de Teatro
É uma fusão entre o Grupo Elinga Teatro e o Núcleo de Teatro da Fundação Sindika Dokolo, com o propósito de desenvolver obras de teatro nos seus variados géneros drama, comédia, performance, mimo etc, e que se irá focar sobretudo no lado experimental do teatro e na formação de novos artistas para as mais variadas áreas das artes cénicas em Angola.
José Mena Abrantes (encenador), Rogério de Carvalho (encenador), Meirinho Mendes (actor) e Raul do Rosário (actor), constituem a base deste colectivo multi funcional e ecléctico.

MULHERES E LENDAS – A e C Promoções Culturais – Parnaíba – Piauí - Brasil
Sublinha a alforria adiada das injustiças sociais, vocifera a desproporção dos gêneros em grito e lamúria, menos de fêmea, mais de besta, alegoriza a realidade dos excluídos para intensificar o vergonhoso brio do ente humano; o espetáculo não vai se despedir sem deixar a certeza de que a maior assombração é aquilo que nos assemelha aos fantasmas.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Dramaturgo: Aci Campelo
Intérprete-criadora e Direção: Carmem Carvalho
Intérprete-criadora, Criação de Luz: Érica Jamp
Direção, Preparação Vocal e Corporal, Criação de Luz e Trilha Sonora: Fernanda Veiga
Trilha Sonora e Operação de Áudio: José Coelho
Figurino, Caracterização e Sonoplastia: Sharles Nascimento
Técnico de Luz: Eduardo Souza
Fotografia: Mauro Ataíde

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