![]() |
Ryan Lochte, nadador americano |
Se fosse naquele tempo em que caboclo tinha medo da
polícia, esses americanos maus elementos não tinham saído do Brasil assim,
espalitando os dentes e frescando com nossa cara não! Onde já se viu uma coisa
dessas achar, pelo menos assuntar por alto uma coisa, uma situação dessas
acontecendo lá pras bandas de Cocal ou do Bom Princípio há uns cinquenta anos,
no tempo que nestes dois lugares um delegado casava e batizava?
Tempo que só
de pensar de fazer uma besteira, de cuspir no chão em terra alheia o camarada
já estava se borrando de medo. Tempo que se respeitava casa de homem! Num tempo
em que, gente de fora, como se dizia, já chegava falando baixo, olhando pros
lados, chamava dona de cabaré de “madame”, tomava benção e beijava mão do padre,
respeitava até a sogra do soldado mais raso, esses nadadores americanos
passassem com essas gracinhas aqui no Piauí, numa hora destas estavam era com
os couros quentes.
Menino, não se meta a besta! Queria ver esses
filhos de uma égua, esses galalaus americanos fazendo presepada era lá no
Catanduvas, no campo do Botafogo, terra de Batista, naquela época dos anos 70.
Ah, meu amigo, faziam não. Ou então no Curre, ali pras bandas dos Tucuns.
Faziam nada. Onde já se viu americano, francês,
italiano, argentino, baiano, qualquer um vindo lá do caixa prego durante um
daqueles jogos entre os da casa e os de fora, mijar que fosse num canto de
cerca e ser visto por alguma vizinha fofoqueira? Era muita taca no lombo. Coisa
pra levantar a cinza. E fora o time que precisava de escolta da ONU pra sair do
local. Neguinho saia do Catanduvas batendo o pé na bunda.
Agora chegam uns nadadores americanos, malas, James
Feigen, Gunnar Bentz e Jack Couger, liderados por um tal de Ryan Lochte, aquele
do cabelo parecendo cabelo de rapariga, e fazem o que bem entendem e ninguém
diz coisa nenhuma? Tá certo uma coisa dessas? Saíram pra uma noite de bebedeira
e cabarezada na Barra da Tijuca e depois de pintarem e bordarem acabaram
fazendo arruaça num posto de gasolina onde mijaram no chão e quebraram uns
objetos.
Quando foram presos e levados pra central de
flagrantes de lá, mentiram dizendo que haviam sido assaltados. Essa estratégia
era pra queimar o Brasil. Sair depois dizendo que aqui só tem ladrão e gente
que não presta, incluindo alguns políticos pés de porco e que agora estão
correndo atrás de votos desses eleitores ignorantes de pai e mãe. Aos poucos a
coisa foi se esclarecendo.
E quando alguns deles já estavam dentro do avião e
morrendo de achar graça, a eficiente Polícia Federal, uma das poucas
instituições consideradas sérias neste País, foi lá e retirou os meliantes. Mas
isso tudo é pra essa gente no Brasil aprender que os americanos sempre se dão
como donos do mundo. Pra todo lugar que vão eles acham que estão indo pra mais
um parque de diversões. Fazem isso no Afeganistão, Cocal de Telha, Caxingó,
Síria, Iraque, Baixa da Carnaúba, Turquia.
E como rapariga é bicho que gosta de dinheiro,
quando vê dólares, no Brasil elas ficam com os olhos abutecados e fazem
qualquer coisa quando veem um estrangeiro aparecido. Igual a muito candidato a
vereador nestas eleições de outubro e que só estão esperando algum esperto
acenar com a burra cheia pra comprar e serem comprados.
Da mesma forma que tem candidato que está fazendo
de tudo pra comprar o voto de gente lá da periferia, Alto de Santa Maria, João
XXIII, Dom Rufino, Raul Bacelar, Broderville. Igual a aqueles americanos nadadores
que chegaram com cara de gente boa e no final acharam de fazer porqueira no
banheiro de um posto de gasolina e depois quiseram subornar os seguranças com
uma onça. Daí se tira que americano quando não faz na entrada, faz na saída.
Por Antônio de Pádua
Nenhum comentário:
Postar um comentário