O trabalho do Grupamento de Atendimento
Especializado à Criança ao Idoso e à Mulher em Parnaíba servirá de exemplo para Teresina e
demais cidades do Piauí.
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Coordenadora Estadual de Políticas para Mulheres, Halda Regina. |
Uma nova filosofia de atendimento especializado à
criança, à mulher e ao idoso vítima de violência, implantada pelo 2° Batalhão
da Polícia Militar do Piauí, na cidade de Parnaíba, servirá de modelo para
Teresina e demais cidades do Piauí.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Fábio
Abreu; a coordenadora Estadual de Políticas para Mulheres, Halda Regina;
representantes do Ministério Público; e as delegadas da mulher, do idoso e de
proteção à criança e ao adolescente participaram, na quarta-feira (29), de uma
reunião para conhecer a metodologia adotada pelo Grupamento de Atendimento
Especializado à Criança ao Idoso e à Mulher (Gaecim), que atua desde 2015, na
cidade de Parnaíba.
O Gaecim, comandado e idealizado pelo
tenente-coronel Adriano Lucena, tem como missão garantir a proteção de
crianças, mulheres e idosos por meio de um atendimento mais ágil e com
planejamentos específicos e direcionados, atuando de forma integrada com as
instituições públicas, tais como: Polícia Civil (Central de Flagrantes, Delegacia
Especializada da Mulher e Instituto de Medicina Legal); Ministério Público;
Conselho Tutelar, Creas, Núcleo de Enfrentamento à Violência e Conselho do
Idoso; Defensoria Pública; Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Serviço
de Atendimento a Vítimas de Violência Sexual (Samvis), e outros órgãos afins.
Durante a apresentação da metodologia do Gaecim, o
comandante explicou que os policiais que fazem parte do grupamento participaram
de um curso de capacitação baseado nos Direitos Humanos e nos princípios de
Polícia Comunitária, para que esses tivessem mais conhecimentos sobre como agir
durante o atendimento e sobre as legislações pertinentes a esses casos, como
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Estatuto do Idoso e Lei Maria da
Penha, agindo como elementos pacificadores e solucionadores de conflitos e
crises.
“Trabalhamos com 30 policiais. Cada equipe do
Gaecim é composta por três policiais militares, dois policiais masculinos e uma
policial feminina. A presença feminina é fundamental para que as mulheres que
sofreram violência fiquem menos constrangidas e se sintam mais à vontade ao
relatar suas queixas, principalmente no que se refere aos crimes sexuais. O
Gaecim também faz o trabalho de fiscalização de medidas protetivas, com visitas
periódicas às casas de vítimas que estão sendo amparadas judicialmente.”,
explicou o tenente-coronel Lucena.
Para a delegada Thais Paz, coordenadora do Núcleo
de Pesquisa de Feminicídio da SSP, o Gaecim representa uma nova visão de
atendimento e acompanhamento às vítimas de violência. Ela destaca que o
primeiro passo, adotado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, será a
capacitação dos profissionais, o que irá proporcionar um atendimento mais
humanizado das ocorrências. “A Secretaria da Segurança já está organizando essa
capacitação, que deverá ocorrer até agosto. Além dos profissionais daqui,
iremos contar com a experiência de profissionais de fora. O público-alvo dessa
formação serão policiais militares, civis, delegados, escrivãs, peritos,
profissionais de saúde e outros profissionais que fazem atendimentos dessas
vítimas”, informou a delegada.
O secretário de Estado da Segurança, Fábio Abreu,
ressaltou que a ideia é manter um padrão de atendimento à criança, à mulher e
ao idoso vítima de violência e, com a implantação dessa filosofia, a SSP irá
adotar protocolos de atendimento que irão melhorar o trabalho que vem sendo
realizado pela polícia. “O objetivo é difundirmos esse modelo e aplicarmos a
forma como tem sido feito esse atendimento lá em Parnaíba. E principalmente, em
função do sucesso do Gaecim, e dos resultados que ele vem apresentando, é que
nós estaremos implementando esse modelo em Teresina e posteriormente nos demais
municípios”, afirmou Abreu.
Dar redação do Jornal da Parnaíba
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