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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles,
acompanhou Temer no anúncio das medidas que serão enviadas ao Congresso |
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As medidas apresentadas pelo presidente interino
Michel Temer aos líderes do Congresso Nacional repercutiram na Câmara dos
Deputados nesta terça-feira (24). Entre as medidas estão a que autoriza a
devolução de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) para
o Tesouro Nacional, o envio de proposta de emenda à Constituição (PEC) para
limitar o gasto público, o projeto que extingue o Fundo Soberano e o apoio ao
projeto que desobriga a participação da Petrobras nos investimentos do pré-sal
(PL 4567/16).
O líder do Democratas, deputado Pauderney Avelino
(AM), elogiou as medidas do novo governo. “São anúncios que visam recuperar a
credibilidade do governo junto à sociedade. Além disso, buscam retomar a
confiança de investidores, tanto internos como externos”, acrescentou.
Novo governo
De acordo com Temer, essas medidas são projetos
iniciais para dar respostas à sociedade sobre a atuação do novo governo. “Nosso
objetivo central é retomar o crescimento econômico, reduzir o desemprego e
alçar os que estão na pobreza à classe média”, disse o presidente interino.
Temer pediu aos líderes que se esforcem para
aprovação das propostas. “Estou pedindo aos senhores que se esforcem. Quando se
tem uma ampla maioria, a ampla maioria há de vencer. É importante para o
Executivo, até para dar ao País a sensação de tranquilidade governamental”,
afirmou.
Dinheiro do BNDES
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) discordou das
principais medidas apresentadas pelo governo Temer, como o do aporte de
recursos do BNDES para o tesouro.
“Significa retirar dinheiro que hoje você tem
disponível para oferecer à indústria, à pequena e média empresa, para promover
o desenvolvimento e a geração de emprego e renda e utilizar esse recurso para
pagar dívidas”, criticou Pimenta.
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Pimenta criticou as propostas de Temer para o
pré-sal e o BNDES |
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O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), no
entanto, defendeu a proposta do novo governo. "O BNDES foi extremamente
usado pelo governo e pelo partido do governo e por todos aqueles que tomaram
conta com a mão grande do dinheiro público de pegar dinheiro subsidiado do
BNDES para atender demandas de obras superfaturadas. Sejam no País ou fora do
País”, disse Bueno.
O projeto do governo permite a devolução de R$ 100
bilhões para o tesouro. Segundo Temer, a estimativa é que seja feita uma
economia anual de até R$ 7 bilhões para o tesouro. Ele explicou que vai
aguardar apenas a viabilidade jurídica da proposta para não correr o risco de
cometer irregularidades.
Edição: Delta Vox | Por Luiz Gustavo Xavier/Câmara dos Deputados
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