Apartamentos de luxo podem complicar ainda mais a situação de Gleisi Hoffmann, atolada na Lava-Jato.
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Senadora Gleisi Helena Hofmann (PT=PR) |
Os procuradores da Operação Lava-Jato e a Polícia
Federal estão debruçados sobre declarações de bens da senadora Gleisi
Helena Hoffmann (PT-PR) entregues à Justiça Eleitoral e a compra de quatro
apartamentos – um deles da Camargo Corrêa, empreiteira que repassou R$ 1,5
milhão à petista – e investigam ainda se petista e o marido Paulo Bernardo são
donos de outro apartamento de luxo em Miami (EUA), comprado por US$ 671 mil –
algo em torno de R$ 2,6 milhões no câmbio de hoje. Há ainda a suspeita de que o
casal mantenha outro imóvel de luxo no litoral do Paraná.
Em 2014, a petista declarou R$ 1.443.613,66 de
patrimônio: apartamento da Silva Jardim (R$ 245 mil), um apartamento luxuoso no
Residencial Quartier na Rua José Cadilhe (R$ 1.110.113,66). O que se levanta
suspeição é que o apartamento do Residencial Quartier, que ocupa um quarteirão
no bairro Água Verde, em Curitiba, é um empreendimento da Camargo Corrêa e o
primeiro e único construído pela empresa em Curitiba. E a empreiteira foi
principal financiadora de duas campanhas de Gleisi: em 2008 repassou R$ 500 mil
e em 2010, mais R$ 1 milhão.
Entre 2006 e 2014, Gleisi disputou quatro eleições:
ao Senado em 2006 (perdeu para Alvaro Dias), á prefeitura de Curitiba em 2008
(perdeu para Beto Richa), ao Senado, novamente, em 2010 quando foi eleita, e ao
governo do Estado (perdeu, ficou em terceiro lugar com 14,86% dos votos).
Em 2006, Gleisi declarou um patrimônio de R$
479.883,34 (um apartamento em construção na Travessa Ferreira do Amaral no
valor de R$ 234.333,34 e um apartamento na Avenida Silva Jardim no valor de R$
245 mil) em dois apartamentos em Curitiba.
Em 2008, candidata à prefeita de Curitiba, Gleisi
declarou R$ 623.951,00 em bens – o apartamento da Silva Jardim (R$ 245 mil), um
apartamento na Rua Natal Cecone (R$ 250 mil) e um Chevrolet/Tracker (R$ 59,9
mil). O apartamento em construção da Ferreira do Amaral já não consta na lista
de bens de Gleisi. Neste ano,Gleisi omitiu na declaração o registro de sua
empresa a FG Consultoria e nem os rendimentos auferidos.
Gleisi declarou patrimônio no valor de R$
659.846,00 quando disputou o Senado pela segunda vez em 2010. Na lista de bens
está somente o apartamento da Silva Jardim (R$ 245 mil) mais aplicações no
fundo do Banco do Brasil (R$ 269.196,00), um veículo Honda CRV 2009 (R$ 88
mil), Corretora Petra (R$ 34.113,00) e dinheiro em conta no Banco do Brasil (R$
23.037,00). O apartamento da Natal Cecone não consta na declaração.
Outro fato curioso nas declarações de bens de
Gleisi é que a petista se declara divorciada, apesar de casada com o
ex-ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (PT) e mãe de dois filhos. Gleisi
também que explicar o que fez com os apartamentos da Ferreira do Amaral e Natal
Cecone, se os vendeu. E o dinheiro acumulado no fundo do Banco Brasil. E ainda
por que seu apartamento na Silva Jardim não valoriza passados oito anos.
No último dia 26 de setembro, a revista Veja
levanta mais uma suspeita sobre Gleisi e Paulo Bernardo. O ex-vereador
Alexandre Romano, acusado de repassar R$ 6 milhões para o advogado de Gleisi,
comprou um apartamento de luxo em Miami, por R$ 671 mil. A Polícia Federal
suspeita de que Romano seja o “laranja” nessa compra.
Petistas de Curitiba, que não operam na mesma
frequência do casal Gleisi e Paulo Bernardo, dizem que o marido da senadora é
visto, com certa frequência, em um imóvel de luxo no litoral do Paraná.
Fonte: Delta Vox
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