Jovens no Piauí buscam cada vez mais qualificação e especialização no Ensino Superior, com o intuito de driblarem a crise econômica e obterem mais chances de serem destaque no mercado.
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Thanderson Pereira se prepara para
o mercado de trabalho.
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No Brasil, apenas 36% dos jovens entre 15
e 24 anos estão empregados, e outros 22% já trabalharam, mas estão
desempregados atualmente. Em média, os jovens demoram 15 meses para
conseguir o primeiro emprego ou uma nova ocupação nas regiões metropolitanas.
No total, 66% deles precisam trabalhar porque todo seu ganho, ou parte dele,
complementa a renda familiar.
Enquanto dados recentes do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) informam que a faixa etária entre 18 a 24 anos é
a que mais sofre com desemprego. A partir desses números, jovens no
Piauí buscam cada vez mais qualificação e especialização no Ensino Superior,
com o intuito de driblarem a crise econômica e obterem mais chances de serem
destaque no mercado, sejam como estagiários ou profissionais contratados.
Inúmeras são as características
que os jovens têm adotado para se sobressair diante dos outros
concorrentes, como inovação, proatividade e bom relacionamento com os colegas
de trabalho. A espontaneidade também pode ser um
diferencial, característica que define Thanderson Pereira de Sousa, de 22
anos. Ele que está cursando o 10º período do curso de Direito, afirma que teve
várias oportunidades de estágio e de monitoria durante o curso. “Já atuei como
estagiário na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Agora estou me preparando
para ingressar em um Mestrado com o intuito de estar mais preparado para o
mercado no futuro”, conta o estudante.
Já a arquiteta Olga Bezerra considera que ter um
curso e especialização no Ensino Superior não é garantia de emprego, mas
contribui para obter um diferencial diante dos outros concorrentes ou até mesmo
se tornar um empreendedor. “Como me formei recentemente, pretendo em breve
montar um escritório de arquitetura com mais dois amigos”, garantiu. Enquanto
isso, o arquiteto Willian Araújo considera que o networking com outros colegas
concedeu várias oportunidades de trabalhos. “A minha formação superior é um
sonho realizado. E durante o curso tive a oportunidade de conhecer e trocar
experiências com outros profissionais”, disse.
Criatividade e inovação. São conceitos e valores
bastante valorizados pelas empresas. E esses são também dois grandes diferenciais
de Moises Cosan e Tiago Guesco. Acadêmicos de Design de Interiores pelo
Instituto Camillo Filho (ICF), os dois jovens que desenvolvem
projetos de ambientação residencial e comercial, decidiram ir além do estágio.
“Nosso trabalho já dura mais de 15 anos, trabalhamos com lojas do ramo. E
consideramos que o melhor estágio é a relação direta com os nossos clientes”,
afirmou.
“Ir além”. Este é o conselho da consultora e
gestora de Recursos Humanos, Renata Lourdes. Segunda ela, esse é um momento
importante para que os jovens busquem fazer a diferença. “Eles também
precisam ser inovadores e criativos. Terem paixão pelo trabalho, serem
dedicados e cordiais com os outros colegas. Ou seja, eles devem fazer mais do
que lhe pedem”, aconselhou.
Convém acrescentar que que mais de 5.700 alunos já
conquistaram uma profissão no Piauí por intermédio do Programa Nacional de
Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), realizado pela Secretaria de
Estado da Educação (Seduc).
Por Marta Alencar | Delta Vox
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