Piauí é o último do Nordeste em casos de
microcefalia por Zika vírus, mas números são alarmantes.
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Condição afeta a bebês que nascem com a cabeça menor do que a média (Foto: Tv Globo) |
Dados são do MS divulgados em Boletim
Epidemiológico nesta terça (22). Sesapi prepara ações e convoca população a
cooperar neste final de ano.
O novo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, revelou que Piauí é o
último estado da região Nordeste em notificações de microcefalia relacionados à
infecção pelo Zika vírus, com 51 casos e um óbito suspeito. O relatório foi
divulgado nesta terça-feira (22). Órgãos gestores de saúde afirmam que casos
estão sendo acompanhados rigorosamente.
Segundo a gerente de Atenção Básica da Secretaria
de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), Miriane Araújo, o número de notificações
vem crescendo aos poucos, o que se deve ao trabalho de investigação do órgão
gestor estadual de saúde.
"Anteriormente, não tínhamos conhecimento por
conta da investigação e descoberta de novos casos. A partir desse processo de
investigação e da busca ativa de novos casos, observamos que o aumento no
número de notificações ainda que pequeno. Mas não deixamos de acompanhar caso a
caso sempre encaminhando para o órgão de referência", disse.
Segundo a gerente de atenção básica da Sesapi,
Miriane Araújo, o ato público em favor da saúde é para sensibilizar a sociedade
civil, a gestão pública e todos os parceiros envolvidos diretamente no combate
ao mosquito Aedes aegypti. Ela conta que o número de notificações vem
crescendo aos poucos, o que se deve ao trabalho de investigação do órgão em
saúde.
"Isso é esperado justamente por conta da
investigação e da descoberta de novos casos que anteriormente não tínhamos
conhecimento. A partir desse processo de investigação e da buscativa de novos
casos, a gente observa que o aumento no número de notificações ainda que
pequeno. Mas não deixamos de acompanhar caso a caso sempre encaminhando para o
órgão de referência", disse.
O Ministério da Saúde colocou a disposição em todo
o país mais de 266 mil agentes comunitários de saúde e outros 44 mil agentes de
endemias realizando o serviço de monitoramento e controle do Aedes aegypti e no
cuidado com os criadouros do mosquito.
No entanto, a Sesapi afirma que continuará com mais
de 3 mil agentes de endemias responsáveis pelo trabalho de combate ao mosquito.
Deste total, o Ministério da Saúde fará repasses para pagar 1.173 agentes.
Em todo o país foram notificados 2.782 casos
suspeitos da doença e 40 óbitos, até 19 de dezembro. Os casos estão
distribuídos em 618 municípios de 20 unidades da Federação, onde foram
constatada infecção de microcefalia pelo Zika vírus. Até o momento, o Piauí não
está no roteiro de investigação de equipes técnicas do Ministério da Saúde.
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Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) promove um mutirão de limpeza em prédios públicos e o Centro Administrativo |
Ações de combate
Nesta quarta-feira (23), a Secretaria de Estado da
Saúde do Piauí (Sesapi) promove um mutirão de limpeza em prédios públicos e o
Centro Administrativo a partir das 8h da manhã, recebe o primeiro mutirão que
tem como meta reduzir os locais de proliferação do mosquito.
Miriane Araújo, gerente de Atenção Básica da
Sesapi, disse ainda que é preciso que todos estejam unidos no acompanhamento e
no combate direto aos criadouros do mosquito da dengue.
"Fazemos um apelo a todas as pessoas que nesse
período de recesso de fim de ano, que aproveitem para verificar as suas
residências e eliminar possíveis criadouros do mosquito. Durante este período,
em que normalmente as pessoas viajam, no retorno às suas casas, é possível que
estes locais facilitadores tenham algum foco", disse.
No final de semana passado, a Prefeitura de
Teresina iniciou a 'Operação Faxina nos Bairros', que visa combater o mosquito
nos bairros onde há registro de maiores índices de casos da dengue na capital.
A operação terá prosseguimento e já está agendada
também para os dias 26 de dezembro, 2 e 9 de janeiro de 2016, contemplando
todas as regiões da cidade.
Além disso, a capital piauiense contará com o
apoio de 150 militares do 2º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC). Eles
vão atuar nas ruas como agentes de endemias, eles receberão orientações da
Fundação Municipal de Saúde (FMS) para evitar a proliferação do Aedes aegypti.
Fonte: G1 PI
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