Em boa parte dos 224 municípios, não é a falta de
água, mas a má gestão de recursos hídricos que deveria ser alvo maior de
preocupação das autoridades.
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Lagoa do Portinho seca por descaso das autoridades |
O problema de água no Piauí tende a agravar-se
neste ano, pela insegurança hídrica que se abate em regiões mais secas do
Piauí, castigadas por cinco anos de estiagem e chuvas irregulares. Porém, a
água antes de ser um problema é um potencial no Estado. Em boa parte dos 224 municípios,
não é a falta de água, mas a má gestão de recursos hídricos que deveria ser
alvo maior de preocupação das autoridades. Não se tem um controle efetivo de
quantos e onde estão os poços usados por pessoas físicas e jurídicas e até
mesmo pelo setor público.
Há uma perda de pelo menos metade da água tratada e
distribuída pela Agespisa e em algumas áreas do Piauí o mau uso da água tem
conseguido rebaixar as reservas subterrâneas ou, ainda pior que isso,
contaminá-las. Beira a irresponsabilidade, quiçá criminoso o desperdício de
água dos chamados poços jorrantes de Cristino Castro/Elizeu Martins. Em um
Estado onde há muita água em alguns lugares e água de menos em outros tantos,
caberia bem ao governo o papel de ser um regulador e gestor dessa riqueza –
papel seguidamente negligenciado, o que é bastante estranho, considerando o
fato de que o controle da água, cada vez mais escasso, será estratégico não
apenas aqui, mas em todo o mundo.
Edição Jornal da
Parnaíba
Por Arimatéia Azevedo
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