Depois de Parnaíba, Fortaleza agora Gerson Castelo
Branco lança em Teresina o livro PARAQUEIRA IN NATURA que fala sobre sua carreira.
O arquiteto Gerson Castelo Branco é um dos ícones
da arquitetura brasileira. Seus projetos diferenciados, com uso de
matéria-prima regional, não só chamam a atenção pela beleza, mas renderam
prêmios e se tornaram referencial e agora, alguns estão registrados no livro
Paraqueira in natura, que foi lançado no Porto das Barcas, em Parnaíba; na
Casa Cor, em Fortaleza; e tem previsão de lançamento em Teresina.
Aprovado pela Lei Rouanet do Ministério da Cultura,
com o apoio do Governo do Ceará, o livro conta a história de Gerson e de como
suas casas ganharam projeção internacional. A obra, com 17 casas
projetadas por ele, tem textos críticos da jornalista e arquiteta Olga Krell e
do professor de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará. São
45 anos de carreira com inúmeros projetos desenvolvidos no Piauí, Ceará,
Maranhão, Rio de Janeiro e Espanha.
Gerson diz que começou a produzir os primeiros
trabalhos em 1971, em Teresina. “Naquela época não havia nada sendo feito de
diferente na cidade a não ser um escritório de arquitetura que era a Maloca,
coberto com palha, na tentativa de ser diferente. O que eu fiz era diferente,
criava curiosidade e, geralmente essas casas tinham visitação turística e
trouxeram novos clientes”, diz.
Matéria relacionada: Gerson Castelo Branco lança livro e recebe homenagem na ACP.
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De fato, é impossível não ficar encantado com o seu
trabalho, que prioriza as vivências ambientais. Não dá para ficar indiferente a
um projeto tão bem alinhado à natureza, como a casa construída num condomínio
do Rio de Janeiro e que foi cenário de duas novelas globais, com o projeto
original da Potycabana.
Aliás, a vida de Gerson é marcada por fatos únicos
desde o nascimento. Ele nasceu no primeiro dia das mães no Brasil na Praça da
Graça, em Parnaíba, e foi levado até Luzilândia num avião de pequeno porte e
como na cidade não tinha carro, ele e a mãe foram transportados numa rede com o
avô segurando o pau de um lado e um caboclo do outro. “Quando eu passava no
caminho, perguntavam quem havia morrido e minha mãe colocava a cabeça de fora e
dizia 'tua mãe'. Assim, minha vida é única”, diz Gerson, enfatizando que
trilhou caminhos poucos normais.
“No livro escrevi na primeira pessoa superficialmente.
A obra é fruto dessas vivências, do ermitão que sou”, relata, lembrando que a
casa de praia foi seu primeiro laboratório. Era, segundo ele, fazer arquitetura
pegando o que estava à mão e isso gerou uma identidade, publicada e copiada mundo
afora.
Entre tantos projetos, o critério de seleção foi
documentar o que mais representava seu trabalho. Um fato lamentável é que as
casas do litoral da década de 70 não havia fotógrafos e quase não há registros
e muitos dos cromos foram danificados.
Paraqueira in natura é uma documentação dirigida
para amantes dessa arquitetura artesanal e também para profissionais e
estudantes. “Tenho mais de 17 publicações em livros do mundo, a mais
recente foi sobre a vida de Olga Krell, que destinou quatro páginas para meu
trabalho, exatamente com as arquiteturas do litoral piauiense”, comenta.
Edição do Jornal da
Parnaíba
Por Renan Morais/Globo Esporte
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