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quarta-feira, março 04, 2015

Gerson Castelo Branco lança livro sobre sua carreira em Teresina

Depois de Parnaíba, Fortaleza agora Gerson Castelo Branco lança em Teresina o livro PARAQUEIRA IN NATURA que fala sobre sua carreira.

O arquiteto Gerson Castelo Branco é um dos ícones da arquitetura brasileira. Seus projetos diferenciados, com uso de matéria-prima regional, não só chamam a atenção pela beleza, mas renderam prêmios e se tornaram referencial e agora, alguns estão registrados no livro  Paraqueira in natura, que foi lançado no Porto das Barcas, em Parnaíba; na Casa Cor, em Fortaleza; e tem previsão de lançamento em Teresina.

Aprovado pela Lei Rouanet do Ministério da Cultura, com o apoio do Governo do Ceará, o livro conta a história de Gerson e de como suas casas ganharam projeção internacional. A obra, com 17 casas projetadas por ele, tem textos críticos da jornalista e arquiteta Olga Krell e do professor de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará. São 45 anos de carreira com inúmeros projetos desenvolvidos no Piauí, Ceará, Maranhão, Rio de Janeiro e Espanha.

Gerson diz que começou a produzir os primeiros trabalhos em 1971, em Teresina. “Naquela época não havia nada sendo feito de diferente na cidade a não ser um escritório de arquitetura que era a Maloca, coberto com palha, na tentativa de ser diferente. O que eu fiz era diferente, criava curiosidade e, geralmente essas casas tinham visitação turística e trouxeram novos clientes”, diz.


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De fato, é impossível não ficar encantado com o seu trabalho, que prioriza as vivências ambientais. Não dá para ficar indiferente a um projeto tão bem alinhado à natureza, como a casa construída num condomínio do Rio de Janeiro e que foi cenário de duas novelas globais, com o projeto original da Potycabana.

Aliás, a vida de Gerson é marcada por fatos únicos desde o nascimento. Ele nasceu no primeiro dia das mães no Brasil na Praça da Graça, em Parnaíba, e foi levado até Luzilândia num avião de pequeno porte e como na cidade não tinha carro, ele e a mãe foram transportados numa rede com o avô segurando o pau de um lado e um caboclo do outro. “Quando eu passava no caminho, perguntavam quem havia morrido e minha mãe colocava a cabeça de fora e dizia 'tua mãe'. Assim, minha vida é única”, diz Gerson, enfatizando que trilhou caminhos poucos normais.

“No livro escrevi na primeira pessoa superficialmente. A obra é fruto dessas vivências, do ermitão que sou”, relata, lembrando que a casa de praia foi seu primeiro laboratório. Era, segundo ele, fazer arquitetura pegando o que estava à mão e isso gerou uma identidade, publicada e copiada mundo afora.

Entre tantos projetos, o critério de seleção foi documentar o que mais representava seu trabalho. Um fato lamentável é que as casas do litoral da década de 70 não havia fotógrafos e quase não há registros e muitos dos cromos foram danificados.

Paraqueira in natura é uma documentação dirigida para amantes dessa arquitetura artesanal e também para profissionais e estudantes. “Tenho mais de 17 publicações em livros do mundo, a mais recente foi sobre a vida de Olga Krell, que destinou quatro páginas para meu trabalho, exatamente com as arquiteturas do litoral piauiense”, comenta.  

Edição do Jornal da Parnaíba

Por Renan Morais/Globo Esporte

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