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Arlindo Leão |
Centrado no período que culminou com as lutas em
prol da Independência do Brasil no Piauí, fato histórico que justifica o 19 de
outubro como o “Dia do Piauí”, o ex-secretário da cultura de Parnaíba, Arlindo
Leão, contestou o erro no título do texto que trata das solenidades do 4 de
maio/2015, em Oeiras – “Comissão prepara festa dos 180 anos do Piauí”, assinado
por Durvalino Leal – edição: Katya D’Angelles, no site http://www.alepi.pi.gov.br.
O
ex-secretário assim se referiu:
“É estranho notar que o povo piauiense, passados
anos, ainda se coloca à margem do conhecimento de sua própria História – essa
condição nos edifica sem identidade, porque presos em um eterno modelo de
atraso. Desta maneira, a Alepi colabora para uma falta de harmonia com as leis
do estado, pondo em dúvida o “Dia do Piauí” (Lei Estadual n° 176/1937), gerando
uma grande desordem no fragilizado entendimento do nosso povo em relação à data
Magna do estado.
Não bastasse a colocação do 13 de março de 1823 na bandeira do
estado (batalha em que os piauienses foram massacrados em Campo Maior pelas
tropas de Portugal), agora, além do 19 de outubro e do 24 de janeiro,
inventaram de instituir uma quarta, o 4 de maio. Acredito que nenhum lugar do
mundo admite quatro datas como marco de sua história, isso só prova a
ignorância, a imprecisão e a desarmonia... A impressão que causa é que em
termos de história, no Piauí ninguém se entende mesmo.
“O dia 4 de maio de 1835, ocorrido há 180 anos, e
como quer a Alepi, não pode nos remeter ao “Dia do Piauí, ela diz respeito
simplesmente à instalação da Assembleia Provincial criada pela Lei de 12 de
agosto de 1834, e não ao 19 de outubro de 1822, data da proclamação da
Independência do Brasil na Vila de São João da Parnaíba, fato este que
modificou a normalidade no Norte da recém criada nação brasileira”.
A contestação acima foi enviada ao deputado
Themístocles Filho, presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, bem assim, a
todos os jornais que publicaram.
Edição do Jornal da
Parnaíba
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