Patrocinado pela Petrobras, projeto também
identificou animais em situação vulnerável quanto ao risco de extinção, como a
raia viola, o bagre amarelo e o camurupim.
Um levantamento realizado por pesquisadores do
projeto Biomade - Biodiversidade Marinha do Delta, patrocinado pelo Programa
Petrobras Socioambiental, identificou espécies de peixes comerciais que podem
ter o estoque afetado por causa da pesca predatória na região do Delta do
Parnaíba, em municípios que abrangem os estados do Maranhão e do Piauí. O
inventário também demonstrou espécies em situação vulnerável quanto ao risco de
extinção, como a raia viola (Rhinobatos lentiginosus), o bagre amarelo (Sciadesparkeri)
e o camurupim (Megalopsatlanticus).
Um dos principais motivos apontados pela equipe do projeto para os resultados da pesquisa é a sobrexploração, ou seja, quando os animais são pescados além da sua capacidade de se reproduzir para repor o estoque. A bióloga e coordenadora do projeto Biomade, Werlanne Vasconscelos, explica que a diminuição dessas espécies poderá afetar também a segurança alimentar das comunidades que utilizam a pesca para a subsistência, além do mercado de pescados.
Um dos principais motivos apontados pela equipe do projeto para os resultados da pesquisa é a sobrexploração, ou seja, quando os animais são pescados além da sua capacidade de se reproduzir para repor o estoque. A bióloga e coordenadora do projeto Biomade, Werlanne Vasconscelos, explica que a diminuição dessas espécies poderá afetar também a segurança alimentar das comunidades que utilizam a pesca para a subsistência, além do mercado de pescados.
A pesquisadora aponta a pesca do camarão com rede
de arrastão como um dos fatores de risco para os animais. “A pesca do camarão
com o arrasto ou arrastão é realizada com extensas redes, que ao serem puxadas
varrem o fundo do mar. A prática é extremamente nociva à biodiversidade
marinha, pois a rede revolve o chão e arrasta tudo que encontra pela frente,
destruindo o habitat daquelas espécies que vivem no leito oceânico.” Nesse tipo
de pesca, os animais que não possuem valor comercial acabam sendo descartados,
pondera Werlanne.
Realizado em 2014, o inventário foi montado a
partir de 3.196 exemplares de peixes e ajudou a identificar 72 espécies
presentes na região. Entre os mais visados comercialmente foram encontradas
diversas tipos de pescadas, pertencentes à família Sciaenidae, além da tainha
(Mugil curema), a manjuba (Anchoviella lepidentostole), o peixe serra (Scomberomorus
brasiliensis) e o camurupim (Megalopsatlanticus).
Os dados levantados ainda são resultados parciais
do projeto Biomade que ajudarão a auxiliar nas medidas de fiscalização do
Instituto Chico Mendes (ICMbio), responsável pela Unidade de Conservação do
Delta do Parnaíba. Os trabalhos serão feitos em parceria com o Ibama e a
Capitania dos Portos na época em que é proibida a pesca para proteção dos
animais por causa da reprodução, conhecida como defeso.
Programa
Petrobras Socioambiental
O projeto Biomade é patrocinado pelo Programa
Petrobras Socioambiental - Desenvolvimento Sustentável e Promoção de Direitos.
Por meio dele, a Petrobras investe em projetos de todo o país, com foco nas
linhas de atuação: Produção Inclusiva e Sustentável, Biodiversidade e
Sociodiversidade, Direitos da Criança e do Adolescente, Florestas e Clima,
Educação, Água e Esporte.
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Fonte: Biomade

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