| Bacia fica atrás da geladeira e pode acumular água quando há descongelamento do eletrodoméstico. |
Com o início do período
das chuvas, é comum a água se acumular facilmente em objetos e lixos deixados
no quintal de casa ou em terrenos baldios. Mas o que muita gente não sabe é que
o aedes aegypti, mosquito transmissor
da dengue, pode também se desenvolver dentro de casa, na bacia que protege o
motor da geladeira. Essa peça tem a função de resguardar o motor dos respingos
de água que derretem quando o eletrodoméstico é desligado.
A agente ambiental Susene
Moura explica que mesmo as geladeiras com função degelo seco podem armazenar
água. “Toda vez que tiver um período longo sem energia, a pessoa deve dar uma
olhada atrás da geladeira para ver se acumulou água, pois às vezes a geladeira
não consegue secar no período de 10 dias, que é o tempo que o mosquito precisa
para se proliferar”, salienta.
| Agente ambiental Susene Moura durante vistoria no bairro São Francisco, em Parnaíba. |
Em Parnaíba, o bairro
Pindorama é a região que concentra o maior foco da doença. A grande quantidade de terrenos vazios aliada
ao acúmulo de lixo jogado pelos moradores contribui significativamente para
deixar o bairro no topo da lista. “Temos acesso aos terrenos para fazermos a
devida limpeza, mas a população infelizmente não coopera. Ao invés de esperarem
o carro do lixo, muitos acabam jogando suas sacolas nos terrenos vazios”,
lamenta Susene.
Moradora do bairro há
40 anos, a aposentada Raimunda Moura diz que faz sua parte evitando deixar
garrafas e baldes no quintal com a boca para cima. Mesmo sendo cuidadosa, ela não
sabia dos perigos que podem rondar a geladeira da sua casa. “Nem imaginava que
isso poderia acontecer. Agora ficarei mais atenta a isso e manter toda a geladeira
sempre limpa” afirma. Já a industriária Marilene Neves conta que coloca uma
colher de sopa de água sanitária dentro do vasilhame externo da geladeira para
manter o mosquito bem longe. “São medidas simples que garantem a segurança da
nossa família e também dos nossos vizinhos porque como sabemos, cada um deve
fazer a sua parte na luta contra essa enfermidade”, conclui.
Os agentes alertam para a população tratar esse assunto com
seriedade, pois primeiro surge a larva que depois se transforma em
"pulpa" para finalmente dar origem ao mosquito. Quando o organismo
chega ao estágio de "pulpa", o mesmo já está bastante resistente e
não morre apenas com os venenos habitualmente usados pelos agentes de saúde.
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