O Conselho Regional de Medicina (CRM) pediu esta
quinta-feira (26) a interdição do centro cirúrgico, da urgência, e da sala
de recuperação pós anestesia do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, na
cidade de Parnaíba. O presidente Emmanuel Fontes, informou que há risco de
morte de pacientes.
O CRM realizou uma fiscalização e constatou uma
série de irregularidades consideradas “graves” pelo conselho.
“No setor de urgência, os conselheiros constataram
presença de pacientes nos corredores, falta de respirador e falta de exames
essenciais, como gasometria, que serve para medir o nível de oxigênio e outros
gases no sangue; foi constatada falta de enzimas que possam detectar o infarto
do miocárdio. Esses mesmos exames cruciais também não se consegue realizar no
setor da UTI, inviabilizando a sua principal função”, disse o presidente.
O CRM informou ainda que a notificação será
efetuada nesta quinta-feira (26), junto ao diretor técnico do HEDA, à Câmara
Municipal e ao Ministério Público da Cidade. A partir de então, o hospital terá
30 dias para se adequar.
“No caso, a interdição é parcial. Atingirá o Centro
Cirúrgico, onde há falta de recuperação de um espaço pós-anestésico. O paciente
tem que ficar no corredor e sem monitoramento. Não tem uma sala que todo centro
cirúrgico é obrigado a ter. Também a UTI, porque não há laboratório 24h. Se
precisar, não tem como fazer o exame para entregar na mesma hora, isso é
obrigatório. No setor de Urgência é preciso ter os equipamentos de
ressuscitação cardiopulmonar”, detalha Emmanuel Fontes.
Ele acrescenta ainda que fiscalizações do CRM são
regulares e já foram realizados recentemente na região sul do Estado. “Fizemos
em Canto do Buriti, Elizeu Martins, resolveram a situação de urgência no prazo.
Continuamos vigilantes, é um trabalho eterno. Não temos interesse que as
unidades fechem, mas que elas funcionem bem”, ressaltou.
Promotoria
O presidente do CRM informou ainda que em Parnaíba há casos em que mandados judiciais são expedidos para obrigar o médico a operar no HEDA. “São mandados judiciais que não são compatíveis com a estrutura. Casos de procedimentos que não se tem condições de fazer lá. Isso acaba causando um maior risco do paciente morrer e o médico ser responsabilizado”, diz Fontes.
O presidente do CRM informou ainda que em Parnaíba há casos em que mandados judiciais são expedidos para obrigar o médico a operar no HEDA. “São mandados judiciais que não são compatíveis com a estrutura. Casos de procedimentos que não se tem condições de fazer lá. Isso acaba causando um maior risco do paciente morrer e o médico ser responsabilizado”, diz Fontes.
Da redação Jornal da Parnaíba
Curta nossa fanpage no Facebook
Por Carlos Lustosa Filho/Cidade Verde



Nenhum comentário:
Postar um comentário