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Alejandro Zugasti fez a apresentação do projeto |
Nesta terça-feira, 10, ocorreu na Escola Municipal
Dr. João Silva, localizada na Comunidade da Pedra do Sal, no litoral de
Parnaíba, a segunda Audiência Pública informativa sobre o licenciamento
ambiental da multinacional Pure Resorts.
Proposta pela Secretária do Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (SEMAR), a Audiência iniciou às 17h e teve o intuito de
explicar à comunidade um projeto que visa criar a primeira infraestrutura
turística e residencial de qualidade na Pedra do Sal.
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Representantes de entidades presentes a Audiência Pública |
Estiveram presentes representantes de entidades
municipais e estaduais como Ziza Carvalho, futuro secretário de Estado do Meio
Ambiente; Antônio Pereira, chefe do IBAMA de Parnaíba; Francisco de Sousa,
secretário de Desenvolvimento Tecnológico do Piauí; Carlos Moura Fé, superintendente
do Meio Ambiente; Roseana Galeno, bióloga e analista da SEMAR; José Orlando,
analista ambiental da Geoconsult; Alejandro Zugasti, CEO da Pure Resorts;
Marcos Fonteles, superintendente de turismo de Parnaíba; Apoena Machado,
advogado representante da OAB Parnaíba; Manuel do Costa Lima, Tenente Coronel
do 2º Batalhão de Polícia Militar, além de representantes da Comissão Ilha
Ativa (CIA), Instituto Tartarugas do Delta, Associações Comunitárias da Pedra
do Sal e Instituto Chico Mendes de conservação da Biodiversidade, entre outros
órgãos.
A Audiência Pública é a melhor forma de buscar
opiniões e soluções para as demandas sociais e ter acesso à respostas claras
por parte da empresa e dos órgãos licenciadores. A petição da própria
Comunidade, a Audiência foi realizada na Escola da Pedra do Sal. A ampla
divulgação do evento garantiu a participação popular, sendo cadastradas mais de
220 pessoas como assinantes ao evento. O publico assistiu a uma apresentação do
projeto por parte do CEO da Pure Resorts e uma apresentação do relatório de
impacto ambiental (EIA/RIMA) por parte da Geoconsult, logo passando ao turno de
perguntas e respostas.
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Ziza Carvalho, futuro secretário de Estado do Meio Ambiente |
O futuro secretário de Estado da SEMAR, Ziza
Carvalho, reconhece a importância da Audiência e o esclarecimento de possíveis
questionamentos da população. “A
grandiosidade do projeto exige que façamos uma maior interação da comunidade
com a empresa, esclarecendo todo o procedimento que será realizado, diante
dessa audiência consultiva deve ser viabilizado a discussão do tema sobre o
licenciamento ambiental”, esclarece Ziza Carvalho.
Segundo o gerente do projeto, Esdras Costa, o
respeito sobre a comunidade deve ser preservado. “A Pure Resorts se preocupa em fazer um projeto que respeite os anseios
locais. Assim, foi analisada as necessidades da comunidade para a elaboração
das diretrizes básicas do empreendimento”, declara Esdras Costa.
As belezas naturais presentes na Pedra do Sal vai
proporcionar um ativo único ao que será o primeiro resort de luxo do Piauí,
segundo o CEO da Pure Resorts, Alejandro Zugasti. “Esse empreendimento servirá
como base para a exploração do Delta e de todo o litoral piauiense. A nossa
intenção é que sejamos os pioneiros nessa região que se destaca como uma das
mais belas do país, mas ainda carece de estrutura básica para a exploração
turística”, acrescenta Zugasti.
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Alejandro Zugasti, representante do Pure Resorts |
Para Irving Silva, jovem morador da região,
empreendimentos como este geram empregos que atendem os anseios da comunidade. “A juventude da Pedra do Sal anseia por um
empreendimento que dê oportunidade de emprego, que gere na região um
desenvolvimento sustentável, respeitando a visão ambiental e turística”,
acrescenta o morador.
Durante a fase de implementação do resort, a
empresa vai criar escolas de formação para capacitar os moradores da Pedra do
Sal, já tendo contratado um equipe profissional de assistentes sociais. A
cultura da comunidade, o incentivo à produção artesanal e pesca nativa são
valorizados com o empreendimento.
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Representantes de entidades locais de defesa do meio ambiente |
O secretário de Desenvolvimento Econômico e
Tecnológico do Estado do Piauí, Francisco Sousa, explica que o resort gera
empregos diretos e indiretos, atraindo o incentivo privado para o litoral. “A complexidade do projeto gera a atração de
novos empreendimentos que incentivam o turismo local, o impacto econômico se
torna a nível estadual, incluindo a criação de empregos diretos e indiretos que
movimentam a economia da região”, pontua o secretário.
José Orlando, analista ambiental, explica como é
feita a apresentação do projeto. “O
relatório de impacto no meio ambiente é uma representação do estudo ambiental.
Para a comunidade, esse relatório é feito com uma linguagem acessível e
didática possibilitando que todos possam ter conhecimento claro do projeto”, afirma
José Orlando.
A explicação dos termos legais acerca do assunto é
fundamental para uma audiência pública, segundo o advogado representante da OAB
Parnaíba, Apoena Machado. “Transparência
é sinônimo de credibilidade. É notável que a sociedade possui dúvidas sobre a
legislação, por isso é necessária a explicação dos termos legais que envolvem a
discussão. A audiência pública é a melhor oportunidade para prestar esses
esclarecimentos”, analisa a advogada.
O superintendente da SEMAR, Carlos Moura Fé, afirma
que a comunidade deve fazer parte do processo de implementação do resort,
garantindo a sua voz. “A população tem o
direito de conhecer o projeto, permitindo o discurso e exposição de seus
anseios. Com essas informações a SEMAR possui uma visão ampla sobre o tema, o
que facilita o licenciamento ambiental do empreendimento”, acrescenta o
superintendente.
O projeto apresentado tem uma baixa ocupação do
solo e será construído faseadamente, sendo a primeira fase de 115 lotes no
condomínio residencial e 75 acomodações no resort, entre apartamentos e
bangalôs. O projeto respeita a área litorânea da marinha e preserva de maneira
permanente as áreas suscetíveis de alagamento e as dunas. Foi ressaltado que
não existe extrativismo nem apenas vegetação no terreno da Pure Resorts.
Para a Fase 1 do projeto, a empresa estimou uns 110
empregos de obra e 61 empregos na operação do resort, aos que se adicionariam
os empregos gerados pelas 115 famílias do condomínio fechado, e pela área
comercial de lojas de conveniência. A geração de empregos indiretos poderá ser
ainda muito maior.
Da redação do Jornal da
Parnaíba
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