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| Contentor de resíduos hospitalar |
Em 2015, as prefeituras piauienses enfrentarão
muitos desafios com relação ao tratamento e destinação dos resíduos sólidos.
Isso é devido à grande parte dos municípios ainda não ter extinguido seus
lixões conforme determinado pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Os municípios alegam falta de recursos para cumprir a lei.
Especialistas defendem uma mobilização estadual para o cumprimento da
legislação.
A legislação ambiental brasileira é clara e severa quanto à
destinação correta de resíduos. Ela responsabiliza órgãos públicos, empresas privadas
e profissionais da área de saúde pelo tratamento e destinação corretas dos
resíduos por eles gerados.
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| Equipamento usado para recolher os resíduos hospitalar |
A maior parte dos municípios piauiense ainda
não atenderam às orientações da Anvisa e de órgãos ambientais. As gestões municipais devem tomar uma postura quanto a solucionar
esse problema o mais rápido possível. É muito importante que, tanto o poder
público e o setor privado se conscientizem da necessidade de um gerenciamento
adequado de resíduos da saúde. A sua má coleta, transporte, tratamento e
destinação podem trazer problemas aos municípios, não só em relação à
saúde pública, mas também, as questões ambientais.
No ano de 2014, vários casos de destinação
incorreta de lixos hospitalares foram registrados no Piauí. Em São João do
Piauí, por exemplo, materiais hospitalares como medicamentos e seringas, foram
despejados nas ruas do município, deixando à população vulnerável à
contaminação. É por isso as prefeituras têm como
desafio para o ano de 2015 cumprirem a legislação ambiental e gerenciarem seus
resíduos de saúde corretamente.
Dos 224 municípios do Piauí 213 ainda não
gerenciam corretamente os resíduos de saúde e não seguem às recomendações da
Anvisa. Essa informação foi apresentada pela Vigilância Sanitária, que concluiu
que apenas 11 cidades piauienses apresentaram seus Planos de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos. Esse dado é alarmante pois o não tratamento do lixo gerado do
setor pode levar a um aumento do número de casos de infecções hospitalares.
Então para que o problema seja sanado as prefeituras tem que se juntarem e
firmarem com uma empresa regulamentada pela Avisa o gerenciamento dos seus
resíduos de saúde.
Consórcios
municipais e a gestão integrada de resíduos
A alternativa apontada pelo especialista em
tratamento de resíduos de saúde, Felipe Melo, para os municípios piauienses, já
é bastante conhecida e executada no Ceará. Desde 2010, o estado cearense vêm
implantando políticas de fomento à criação de consórcios intermunicipais como
uma alternativa para a resolução de problemas relacionados aos resíduos gerados
em seu território. “Os resultados mostrados no Ceará comprovam que os
consórcios intermunicipais têm papel importante na gestão integrada dos
resíduos sólidos, possibilitam economia financeira, geram empregos e renda,
diminuem passivos ambientais e trazem uma melhoria na qualidade de vida da
população atendida pelos mesmos”, finalizou Felipe Melo.
Da redação do Jornal da
Parnaíba com informações de Marta Alencar




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