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| Material utilizado sem as mínimas condições sanitárias |
Fiscais do Conselho Regional de Odontologia do
Piauí (CRO/PI), fizeram nesta sexta-feira, dia 30, o flagrante de mais um caso
de exercício ilegal da profissão de dentista no Estado. Dessa vez, o flagrante
aconteceu na cidade de Nossa Senhora de Remédios. O chamado “prático” cobrava
R$ 20 para realizar extrações dentárias e chegava a atender cerca de 10 pessoas
por dia.
No local, o prático Paulo Roberto da Costa mantinha
um “consultório” totalmente irregular, sem as mínimas condições sanitárias. Os
fiscais, juntamente com a Polícia, apreenderam vários instrumentais
odontológicos como prova da irregularidade. Ainda havia marcas de sangue na
residência do “prático”, indicando que havia ocorrido um procedimento cirúrgico
recente.
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| O material era guardado numa mesa nos fundos da casa |
Os equipamentos odontológicos eram depositados em
uma bacia que eram “esterilizados” apenas com uma água quente. “Ele fazia um
procedimento em uma pessoa e o aparelho era apenas depositado novamente na
vasilha com água quente. Além disso, as agulhas estavam todas enferrujadas,
configurando um ambiente de total risco à saúde das pessoas”, afirmou Gerson
Bezerra, fiscal do CRO/PI. O prático foi conduzido à Polícia e todo o
material utilizado para as cirurgias, apreendido.
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| Local onde funcionava o "consultório" clandestino |
O Código Penal Brasileiro prevê detenção de seis
meses a dois anos para quem exerce ilegalmente a Odontologia. Se o crime é
praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa. Para quem procura o
serviço de profissionais sem diploma corre sérios riscos de saúde e até de
morte.
O fiscal Gerson Bezerra aponta riscos de
contaminação de doenças como a Aids e a hepatite B e, ainda, de mutilação.
"O falso dentista não tem conhecimento técnico e científico. Nesse caso,
ele atendia 10 pessoas por dia e fazia até extrações múltiplas, ou seja,
extraia até quatro dentes de uma vez só. Isso sem qualquer análise das
condições clínicas do paciente para uma cirurgia dessa", acrescentou. O
fiscal salienta que é importante a denúncia, para a identificação desses profissionais
inabilitados no Conselho Regional de Odontologia.
Da redação do Jornal da
Parnaíba
Por Mayara Bastos



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