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Estudantes da UFPI improvisaram ritual indígena conhecido por "Dança da Chuva" emitindo sons característicos |
Vários estudantes do campus de Parnaíba da
Universidade Federal do Piauí (UFPI) realizaram na tarde desta quinta-feira
(18/12), um ato público denominado “SOS
Lagoa do Portinho”. Os jovens pretendem chamar a atenção das autoridades
para tentar salvar a lagoa, que sofre com um processo de assoreamento
constante.
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Cartazes pediam providências dos órgão responsáveis pelo meio ambiente |
Um dos principais cartões postais do Piauí corre o
sério risco de desaparecer. O espelho d’água da Lagoa do Portinho se
transformou em lama ou até mesmo em chão rachado. Com a seca na região, outro problema
agrava a situação. Os ventos comuns nessa época do ano aumenta o deslocamento
de dunas que interditam estradas e causam prejuízos na área. Revoltados com a
situação, os estudantes se mobilizaram para realizar o ato público em defesa do
local. Eles denunciam o descaso das autoridades com a área e cobram medidas
urgentes para salvar a lagoa.
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Leito da lagoa onde se andava de "banana boat" hoje se anda de buggy |
“A gente sabe
que não chove há alguns anos na região, mas o problema não é só esse. Tem gente
desviando água, jogando lixo, enfim, uma série de desrespeitos ao meio
ambiente. O ato público surgiu de um trabalho da universidade que fiz com a
Lagoa do Portinho. Após perceber a situação, veio a ideia de fazer uma
intervenção para chamar a atenção do governo, pois a lagoa não pode esperar”,
contou a estudante Joselma Cordeiro,
líder do movimento.
Por causa da estiagem, que já dura cinco anos,
áreas que eram alagadas no passado dão lugar a vegetação no presente. No
complexo construído para receber turistas, apenas dois dos cinco bares
permanecem abertos desde a inauguração. Os outros três foram abandonados por
terem sido soterrados pelas dunas.
De acordo com o comerciante Aluísio Soares
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Joselma Cordeiro, idealizadora do movimento "S. O. S. Lagoa do Portinho" |
“A situação é
calamitosa na região dos bares, pois a lagoa está seca e só tem lama. Temos
notícia de algumas pessoas represando água. A cada dia a água está diminuindo
mais. Tem gente que ainda vem só para ver a situação precária da lagoa. Assim
como os estudantes, que resolveram realizar este ato público e estão vendo de
perto a real situação. Só não gostei de uma coisa: nenhuma autoridade veio até
aqui para ouvir os universitários, que só querem bem o meio ambiente”, relatou
Aluísio Soares.
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos (Semar) ainda não possui um plano para resolver a situação. Há poucos
anos, a estratégia de conter as dunas com a plantação de uma vegetação
específica não deu certo.
Por Kairo Amaral Fotos: Leonardo Marques / TV Costa
Edação do Jornal da Parnaíba
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