Proposta é tornar os rios Parnaíba e Balsas
navegáveis para escoamento de soja e milho.
Na próxima sexta-feira (26), será apresentado o
resultado do Estudo de Viabilidade Técnico-Econômica e Ambiental (EVTEA) para
implantação da Hidrovia do Parnaíba, bem como o cronograma de execução do
projeto. A proposta é tornar os rios Parnaíba e Balsas navegáveis, visando à
formação de um corredor de 1.491 km, destinado principalmente ao escoamento de
comoditties agrícolas, especialmente soja e milho; implementos agrícolas e
fertilizantes.
De acordo com o deputado federal Jesus Rodrigues, um
dos defensores da obra, os reflexos econômicos e sociais do funcionamento da
Hidrovia serão bastante significativos na área de influência da Bacia do
Parnaíba, denominada MATOPIBA (composta pelos estados do Maranhão, Tocantins,
Piauí e Bahia). “Os benefícios são muitos, desde a elevação do nível de renda
da população, recuperação do curso do rio, à possibilidade de introduzir essa
região na rota do transporte de soja para o Hemisfério Norte. Um cenário ainda
mais promissor será formado com a futura conclusão do Porto de Luís Correia”,
enfatiza o parlamentar.
Iniciada em agosto de 2012, a elaboração do EVTEA
conta com recursos do PAC 2, no valor de R$ 5.810.342,47, através de um
contrato assinado entre o Consórcio Hidrotopo-Dzeta e a Codomar – Companhia
Docas do Maranhão, por meio da Ahinor – Administração das Hidrovias do
Nordeste, subordinada ao DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes.
O trabalho contou com a participação de dezenas de
profissionais das áreas de engenharia civil, engenharia ambiental, engenharia
de produção, oceanografia, economia, biologia e relações internacionais. A
equipe levantou dados quantitativos e qualitativos da hidrovia e de sua área de
influência, tais como: dados diretos da via (bancos de areia, pedrais,
sinuosidades, margens degradadas, amostras geológicas do leito, dados
ambientais, estruturas portuárias existentes e projetadas etc) e dados da área
de influência (PIB dos municípios adjacentes, produção do entorno, fluxo de
cargas com definição da matriz origem/destino etc).
O Parnaíba já foi navegável
A navegabilidade do rio Parnaíba foi
impossibilitada após a construção da Usina de Boa Esperança, em 1968, pela não
conclusão do sistema de eclusas (necessárias à transposição de níveis), embora
o cenário atual exija uma série de outras ações. Por essa razão, junto com o
EVTEA, serão apresentados os projetos de dragagem, derrocamento, sinalização,
layout dos terminais de carga e proposta de modernização das eclusas.
Atualmente a navegação no rio Parnaíba e no rio
Balsas resume-se ao transporte inter e intramunicipal das populações
ribeirinhas e de produção agropecuária de pequena escala e de gêneros de
primeira necessidade (cargas em geral).
Edição do Jornal da
Parnaíba
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Fonte: Portal O DIA

Um comentário:
O litoral do Piaui e muito pequeno. Acho que parte do litoral do Maranhão deveria ser anexado ao litoral do Piaui, como Magalhaes de Almeida, Santana, Araioses e Agua Doce.
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