A Prefeitura de Cajueiro da Praia participou de um
intercâmbio na Prainha do Canto Verde, no estado do Ceará, a convite do projeto
“Pesca Solidária”. O objetivo do projeto, executado pela Comissão Ilha Ativa
(CIA) junto às comunidades pesqueiras dos rios Timonha e Ubatuba, era promover
uma troca de experiências junto à comunidade dessa reserva extrativista. O
chefe de gabinete, Marcos Cazuza, e a assessora de comunicação, Juliana
Nogueira, representaram a Prefeitura de Cajueiro da Praia nesse intercâmbio, que
contou ainda com a presença de dois pescadores do município, Antônio José Lopes
“Tibira” e Erisvaldo, ambos do povoado de Barra Grande.
O grupo, composto por pescadores, marisqueiras,
representantes de ONGs (Care Brasil e CIA), do ICMBio (Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade), da UFPI (Universidade Federal do Piauí) e de
secretarias de turismo dos municípios envolvidos pelo projeto, foi recepcionado
na sede da Associação de Moradores da Prainha. Numa breve apresentação, o
presidente da entidade, Roberto Carlos, contou um pouco a história do local,
que virou reserva em 2009. “A comunidade se uniu pelo domínio da terra a partir
da década de 80. A reserva extrativista só foi conquistada e decretada em
2009”, disse.
A pesca ainda é a principal atividade econômica do
povoado, que pertence ao município de Beberibe-CE. O presidente da Associação
afirma que são realizados frequentemente cursos de capacitação para os
pescadores. “O pescado está mais escasso e precisamos encontrar alternativas para
manter a atividade. O peixe é vendido sem atravessador, é mais fresco e mais
valorizado nessa região”. Durante uma visita de campo, realizada no sábado
(16), e conduzida pelo coordenador de Turismo de Base Comunitária, Edino Lima,
foi mostrada a marambaia, uma estrutura de madeira utilizada na pesca artesanal
de lagostas, além das “armadilhas” conhecidas como cangalhas. Os pescadores
prainheiros ainda utilizam jangadas para ir ao mar.
A reserva da Prainha de Canto Verde possui 1,2 mil
habitantes, distribuídas num total de 380 residências, numa extensão de 610
hectares de terra. “Todos os nativos tem direito à terra para construir suas
casas, mas não podem passá-la adiante”, explica Edino. A forma de associação
dos pescadores serviu de exemplo ao grupo levado para o intercâmbio e que atua
diretamente com a pesca. A experiência foi compartilhada com representantes dos
municípios piauienses de Cajueiro da Praia, Ilha Grande e Parnaíba, e dos
municípios cearenses de Chaval, Bitupitá e Barroquinha.
Da redação do Jornal da
Parnaíba
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