Ruínas na Beira Rio escondem tesouros
Os olhares da população parnaibana, agora se voltam
a região das ruínas no Porto Salgado, aonde após a visita de uma equipe técnica
do Banco do Nordeste vinda de Fortaleza, para fazer um reconhecimento e
primeira avaliação da região, “possivelmente” será
construído o Centro Cultural Porto Salgado do Banco do Nordeste em Parnaíba.
O complexo de prédios históricos (e abandonados),
já foi palco da economia parnaibana nos áureos tempos onde por ali saiam e
chegavam mercadorias, tanto de outros estados brasileiros quanto de diversos
países da Europa.
Hoje, maltratados pelo tempo e pelo esquecimento
dos governantes, os prédios servem como “Cracolândia
Parnaibana” e, motel para os destemidos e menos afortunados. A reportagem
do Tribuna de Parnaíba entrou em alguns desses prédios para registrar o que
poderá a ser uma nova fase do complexo, não com a exportação de produtos ou a
movimentação dos ricos empresários, ávidos por novos negócios, mas com o
crescimento e surgimento da nova classe cultural parnaibana.
No interior desses imponentes prédios, nossa equipe
de reportagem encontrou dezenas de latinhas de refrigerantes, cortadas para
serem utilizadas como cachimbo para o uso de drogas. São inúmeras latinhas
espalhadas por praticamente todos os prédios visitados, mostrando que a
movimentação de usuários é intensa, muito provavelmente no período noturno, mas
não descartamos a possibilidade do uso durante o dia, pois enquanto
registrávamos as imagens fomos surpreendidos por uma mulher de aproximadamente
(ou aparentemente) 35 anos, suja, magra, com olhar vazio, com o aspecto de um
zumbi, destes vistos em filmes americanos. A mulher parou nos encarou e ficou
acompanhando a saída de nossa equipe do local, apenas nos seguindo com a
cabeça. (Não sabemos quem estava com mais medo, nós ou ela).
Em um dos compartimentos de uma dessas ruínas
encontramos um “tesouro” perdido, trata-se de um motor DEUTZ, que muito se
assemelha ao utilizado por máquinas agrícolas antigas. (foto ao lado)
Esperamos que “desta
vez” o projeto do Centro Cultural saia do papel e, das mídias para
tornar-se realidade. Que não seja apenas uma forma de beneficiar algumas
famílias que detém os direitos de posse desses prédios que, deveriam ser
patrimônio da população parnaibana. Esperamos que mais esse empreendimento
cultural não se transforme em um cercado metálico abandonado, como o que foi
mostrado pelo Tribuna de Parnaíba (Prefeitura abandona R$ 1,4 milhão e
skatistas reformam street park com recursos próprios) onde já foram
investidos mais de R$ 1 milhão e a obra está parada a mais de 6 meses.
Edição do Jornal da
Parnaíba
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Por Bruno Santana/Tribuna de Parnaíba
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