Na manhã de hoje, 09, técnicos do projeto Senhor
das Pedras-SDP, patrocinado pela Fundação O Boticário de Proteção à Natureza,
em parceria com o projeto Sociobiodiversidade da Ilha, financiando pelo
Tropical Forest Conservation Act-TFCA, geridos pela Comissão Ilha Ativa-CIA,
estiveram na praia Pedra do Sal, Parnaíba-PI, onde registram pela primeira vez
na região, o peixe mero (Epinephelus itajara) em seu habitat natural.

O projeto SDP atua desde 2013 na Área de Proteção
Ambiental-APA Delta do Parnaíba e tem como objetivo promover por meio de
pesquisas e educação ambiental a conservação do mero, um peixe criticamente
ameaçado de extinção a nível nacional e mundial.
Segundo a coordenadora técnica, bióloga Kesley
Paiva, a pesquisa conta com a participação de pescadores artesanais. “Os pescadores repassam informações
importantes para o estudo, como alimentação, reprodução, locais de ocorrência,
dentre outras. Estes pontos visitados na Pedra do Sal e Ilha Grande foram
levantados por meio de metodologias participativas, onde foram mapeados e estão
sendo acompanhados através destes mergulhos, visando flagrar o gigante do mar”,
relatou Kesley.

O técnico do projeto Sociobiodiversidade da Ilha,
Vinícius França, conta que durante a atividade foram flagrados dois meros a uma
profundidade de 15 metros, sendo um juvenil apresentando cerca de 60 cm e um
adulto com aproximadamente dois metros de comprimento.
“O mero é um animal dócil, sedentário e verificamos isso durante o
mergulho. Além destes fatores, este animal realiza a formação de cardumes no
período reprodutivo, o que facilita sua captura”, disse Vinícius.


Os dados levantados pelos pesquisadores são
recentes, mas já demonstram a importância de continuidade das ações. Com menos
de um ano de execução, o projeto já alcança bons resultados, como o registro do
animal em seu habitat, o repasse de um jovem mero capturado acidentalmente,
demonstrando a confiança entre pescadores e técnicos, a contribuição através
das informações e a sensibilização da comunidade pesqueira, que já repassa aos
demais a necessidade de proteção ao mero.
“Estamos
muito contentes, em especial com a parceria tão valiosa junto a estes
profissionais. Os trabalhos continuam e ainda há muita coisa a se fazer, mas
estamos certos de que este é caminho”, finaliza a bióloga Liliana Souza.
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