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Capitania dos Portos do Estado do Piauí |
O capitão dos Portos do Estado do Piauí,
capitão-de-Fragata, Mauro Castro Júnior, no próximo dia 11, a partir das 10h00min
horas, na sede da Capitania dos Portos do Piauí em Parnaíba vai comemorar em
Cerimônia Militar o aniversário de 149 anos da Batalha Naval do Riachuelo. Várias autoridades e outras personalidades de
Parnaíba e região foram convidadas, entre elas os membros da Sociedade de
Amigos da Marinha do Piauí, SOAMAR.
Na ocasião também serão festejados os 35 anos de
fundação da SOAMAR – Piaui. A programação de aniversário da SOAMAR continua na
parte da tarde, com a coordenação da presidenta, engenheira Jaqueline Freitas Diniz com a
celebração de uma Missa em Ação de Graças na Igreja de São Sebastião, às 17:30
horas. No Sábado dia 14, às 10h00min
horas será uma visita à sala da SOAMAR
no Centro Comercial Gerardo Cavalcante e no Domingo dia 15, a programação incluiu
às 09:00 horas um passeio náutico e encerramento às 13:00 horas com um almoço
no restaurante “La Barca” na beira-rio.
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Almirante Barroso |
A batalha
Na manhã de 11 de junho de 1865, domingo da
Santíssima Trindade, os vapores paraguaios, comandados pelo Capitão-de-Navio
Mezza, aproximaram-se velozmente, aproveitando-se da correnteza favorável e
passam pelos brasileiros em direção do Riachuelo. Foram primeiro avistados pela
Canhoneira Mearim, que deu o alarme: Inimigo à vista. Barroso, a bordo da
Fragata Amazonas, faz o primeiro sinal Preparar para o combate e depois Safa
geral, Despertar os fogos das máquinas e a seguir: Suspender ou largar amarras
por arinques e bóias, ou até por mão, como melhor convier.
A primeira
carga.
Às 9h 25 min, a esquadra brasileira está na
formação em escarpa voltada águas acima. Barroso iça o sinal O Brasil espera
que cada um cumpra o seu dever, seguido de outro, com instruções de combate: Atacar
e destruir o inimigo o mais de perto que puder. Os paraguaios descem o rio,
perfilham-se com a esquadra brasileira, trocam-se tiros, duas chatas paraguaias
são afundadas, um terceira avariada e o Jejuí também é atingido e seriamente
avariado. Este vai abrigar-se na beira do Riachuelo para reparos. A esquadra
paraguaia desce o rio faz a volta um pouco abaixo do Riachuelo, torna águas
acima e enconsta-se na curva do Riachuelo a jusante das suas baterias de terra,
as chatas são fundeadas e preparadas, aguardam a resposta brasileira.
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Batalha Naval do Riachuelo |
A segunda
carga.
Às 10h 50m - A esquadra brasileira começa a se
mover águas abaixo na direção dos paraguaios, a Belmonte vai a frente e abre
fogo às 11h 20m, sofre com o fogo combinado dos navios e das baterias de terra,
é fortemente fustigada, a água lhe invade o porão. Comunica à capitânea que as
bombas não dão vazão e faz contramarcha, dirige-se ao banco mais próximo, na
ilha Cabral e aí encalha para não ir a pique e se recuperar.
11 h 25m - A Amazonas investe na vanguarda abre
fogo contra as baterias inimigas e recebe a resposta a bala e metralha.
Segue-lhe a Mearim pelo canal e a Araguari, esta repele uma tentativa de
abordagem dos inimigos Taquari, Marquês de Olinda e Paraguari. Às 11h 50m A Ipiranga
investe pelo canal trocando tiros com a linha inimiga e consegue atravessar. Às
12h e 10m a esquadra brasileira concluíra a primeira passagem águas abaixo.
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Marcílio Dias |
De 12h 05m às 13h. A Jequitinhonha, segundo maior
navio da esquadra do Brasil, encalha antes de passar pelo canal, a pouca
distância das baterias de terra do Cel. Bruguez, é atacada com vigor pela
artilharia das barrancas e responde a altura com os canhões de bombordo, mas
não pode mover-se, ainda assim consegue repelir a tentativa de abordagem
simultânea da Taquari, do Marques de Olinda e da Paraguari.
A Parnaíba deixa a
formação e vai águas acima em socorro da Jequitinhonha, bate o leme num banco e
depois é atingida no leme, o comandante tenta governá-la só com as velas, mas
vêm em sua direção o vapor Paraguari pela proa, o Taquari por bombordo e o
Salto por estibordo. A situação da esquadra brasileira nesta hora é crítica: A
Belmonte e a Jequitinhonha encalhadas fora de combate e a Parnaíba sofre a
abordagem e a bandeira brasileira no navio é arriada.
*A luta pela
Parnaíba.
Greenhalgh
e Marcílio Dias.
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a máquina a toda força e foi sobre o Paraguari, este abriu-se
quase ao meio, viu-se perdido e só teve tempo de buscar a praia e a tripulação
o abandonou. No entanto a capitâneaTaquari, o Salto e logo depois pela pôpa o Marques
de Olinda realizaram a abordagem. Os paraguaios em luta corpo a corpo tomam o
navio desde a pôpa até o mastro grande, nesta luta sobreassaem do lado dos
brasileiros o Guarda-Marinha João Guilherme Greenhalgh, o Imperial Marinheiro Marcílio
Dias, o Capitão do 9º Batalhão de Infantaria Pedro Afonso Ferreira e o Tenente
do mesmo batalhão Feliciano Inácio Andrade Maia mortos na defesa da embaracação
e da bandeira. A bandeira brasileira é arriada pelos paraguaios. São 575 os
atacantes e 263 os defensores. O comandante da Parnaíba dá ordens de incendiar
o paiol de pólvora para que a embarcação não caia em mãos do inimigo. A luta
dura uma hora, neste momento os navios paraguaios abandonam o costado da Parnaíba:
a esquadra brasileira, faz águas acima e vem em seu socorro.
Almirante
Barroso (1804-1882).
A terceira
carga.
A Amazonas tendo descido o rio e completado a volta
investe águas acima e, por ordens de Barroso, joga a proa contra o casco o Jejuí
e o põe ao fundo, a seguir joga a proa contra uma das Chatas paraguaias e a
afunda. Livre da abordagem a Parnaíba iça novamente a bandeira brasileira. A
fragata Amazonas avistando o Salto parado repetiu a manobra afundando-o, a
manobra se repete mais uma vez contra o Marques de Olinda que atingido pela
proa da Amazonas desce o rio desgovernado para encalhar mais abaixo. A esquadra
paraguaia perde 4 embarcações e 4 chatas, o restante surpreendido pela manobra
foge em retirada rio acima perseguida pela Beberibe e pela Araguari que os
fustiga com os seus canhões até se distanciarem. Às 17h 30m a batalha está
terminada a com clara vitória da esquadra comandada por Barroso.
A vitória foi decisiva para a Tríplice Aliança, que
passou a controlar, a partir de então, os rios da bacia platina até à fronteira
com o Paraguai, garantindo todo o apoio logístico às forças de terra e
bloqueando qualquer ajuda ou contato de López com o exterior .
Fonte: wikipedia
Edição: José Luiz de Carvalho –1º Diretor de
Divulgação da SOAMAR-PI
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