Mero (E. itajara), o Senhor das Pedras, é registrado pela primeira vez na
praia da Pedra do Sal, em Parnaíba-PI.
Nesta última terça-feira, 15,
biólogos do projeto Senhor das Pedras, patrocinado pela Fundação O Boticário de
Proteção à Natureza, em parceria com o projeto Sociobiodiversidade da Ilha,
financiado pela Tropical Forest Conservation Act-TFCA, geridos pela Comissão
Ilha Ativa-CIA, registraram o primeiro exemplar do peixe mero (Epinephelus
itajara) na praia Pedra do Sal, localizada no município de Parnaíba, Piauí.
O projeto executa suas ações
desde agosto de 2013 e envolve pesquisa e conservação na Área de Proteção
Ambiental-APA Delta do Parnaíba. Para o início de suas atividades a equipe
recebeu capacitação do projeto Meros do Brasil, patrocinado pela Petrobras,
através do programa Petrobras Ambiental, que realiza estudos sobre a espécie em
diversos pontos do litoral brasileiro.
O mero de aproximadamente 0,73cm
foi capturado acidentalmente por pescadores quando realizavam a pescaria do
ariacó. De acordo com as informações, o peixe foi fisgado a 23 metros de
profundidade por meio de linha e anzol e não foi possível salva-lo. A equipe
foi acionada e o exemplar entregue voluntariamente durante o acompanhamento do
desembarque pesqueiro realizado pelos biólogos.
Segundo a coordenadora do
projeto, bióloga Kesley Paiva, a confiança estabelecida entre os pesquisadores
e pescadores artesanais, permitiu com que estes repassassem o material. “Por
meio de nossas atividades, verificamos que os pescadores da Pedra do Sal
conhecem e respeitam a lei nacional que proíbe a captura, transporte e
comercialização do mero, mas não entendem as causas que o acometeram à ameaça
de extinção. Assim, estas informações também são repassadas a comunidade, que
passa a colaborar cada vez mais, tornando-se parceira do projeto e da espécie”.
“O registro dessa ocorrência é de
extrema importância, pois as informações sobre o mero no Piauí ainda são
escassas. Esse material nos fornecerá diversos dados e será analisado por
pesquisadores do projeto e outras instituições. Isto também reforça a
importância e necessidade de continuação das ações, buscando mais parceiros
para a proteção do mero na APA Delta do Parnaíba, comenta a coordenadora de
campo”, bióloga, Liliana Souza.
Edição do Jornal da
Parnaíba | Por Kesley Paiva/Bióloga, especialista em Ecologia
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