segunda-feira, março 17, 2014

Profissionais da Educação realizam greve de três dias

As manifestações seguem até Brasília na próxima quarta (19)

Odeni de Jesus, presidente do Sindicato dos Trabalhadores
em Educação Básica Pública do Piauí (Sinte-PI)
Na manhã desta segunda (17), trabalhadores da educação do Piauí protestam em frente ao Palácio de Karnak. O protesto segue até próxima quarta (19), sendo esses três dias tidos como greve. Na terça, os profissionais seguem para a Associação Piauiense de Municípios (APPM) e na quarta seguirão para Brasília. Participam da manifestação representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e os demais sindicatos filiados.

 A greve, que acontece em todo o país, reivindica a aprovação do Plano Nacional de Educação com destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB), hoje são destinados 5%. “Isso é um prejuízo para a valorização da categoria. Esse plano tramita há dois anos no Congresso Nacional e talvez consigam tirar a palavra ‘pública’ do Plano, ou seja, esse dinheiro pode não ser destinado apenas para o ensino público, mas para o privado também. O Brasil é o único país que não possui um Plano Nacional de Educação. Pretendemos paralisar por mais tempo caso nossas reivindicações não sejam atendidas”, reivindica Odeni de Jesus, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (Sinte-PI).

A nível estadual, os educadores protestam pela falta de reajuste para os servidores administrativos da Secretaria da Educação do Estado, contra falta de trabalhadores nas escolas e contra o atraso nas aulas das escolas que ainda não começaram devido a realização de reformas extemporâneas, prejudicando o alunado e os trabalhadores. Extraído do Jornal da Parnaíba.

Participam dessa manifestação em frente ao Karnak educadores de vários municípios do Estado que pedem ainda a realização de concurso público e alteração do plano de carreia. Mercês da Silva é representante do Sinte no município de Regeneração, que fica a 140 km de Teresina, e veio para participar do protesto. “Vim pela causa, porque sabemos que com a unidade é que vêm as conquistas. Passamos 20 anos lutando pelo Piso de Salário Nacional. O reajuste deve ser feito pelo custo/aluno, mas o governo nos paga pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Hoje temos ainda um déficit de 7.000 de profissionais no Piauí e o Estado não realiza o concurso público. A educação precisa ser melhor valorizada”, finaliza.

Edição do Jornal da Parnaíba | Por Claryanna Alves
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