Criança tem braço amputado e família aciona polícia
para apurar erro médico; Garoto de 13 anos passou por cirurgia após cair de
cavalo em Chaval (CE). Hospital diz em nota que amputação ocorreu devido infecção no braço.
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José Demerson sofreu uma fratura no braço apóscair de um cavalo (Foto: Tacyane Machado) |
A família de um menino de 13 anos registrou um
Boletim de Ocorrência no 2º Distrito Policial de Parnaíba, litoral
do Piauí, após a criança ter o braço direito amputado no Hospital Regional
Dirceu Arcoverde. O procedimento foi feito após os médicos detectarem uma
infecção no membro. José Diemerson de Sousa de Carvalho sofreu uma fratura
exposta quando caiu de um cavalo em Chaval, Ceará,
cidade localizada a 76 km de Parnaíba. A família acredita que houve erro médico
durante o atendimento.
Francisca das Chagas Alves de Sousa, mãe do garoto,
relatou na delegacia que a criança deu entrada no hospital dia 18 de dezembro e
uma cirurgia de correção foi feita no braço da criança, que recebeu alta no dia
20. No dia 21, a família voltou ao Hospital Regional Dirceu Arcoverde, porque o
braço de Diemerson estava escuro, a mão cheia de bolhas, as unhas pretas e
sentindo fortes dores.
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Imagem mostra braço da criança escuro devido à infecção (Foto: Tacyane Machado) |
A amputação do membro foi feita no dia 22, e,
segundo a mãe da criança, os médicos não deram explicação para o procedimento.
Após a cirurgia, bolhas voltaram a aparecer pelo corpo da criança.
Em nota divulgada à imprensa, a direção do Hospital Regional Dirceu Arcoverde disse que a amputação aconteceu porque os médicos detectaram que o membro já estava em estado avançado de infecção, comprometendo o braço por completo, e que a família foi comunicada. Segundo a direção, o procedimento foi realizado para evitar que a infecção se espalhasse pelo corpo e desenvolvesse sepse (infecção generalizada) e que a cirurgia foi feita para salvar a vida do menor com expressa autorização da família.
Ainda conforme a nota enviada pela direção do Heda, na ficha de atendimento consta que a gangrena gasosa (necrose tecidual) no braço do garoto possivelmente foi ocasionada por alguma bactéria, sendo mais comum as do tipo Clostridium perfringens, facilmente encontradas no solo, na areia.
Diante do relato da própria direção, o advogado da família, Adelmir Lima de Sousa, acusa os médicos de não terem feito a limpeza correta do ferimento antes dos curativos. “Se ao cair do cavalo o menino teve contato com o solo e a direção diz que uma bactéria comum a areia pode ter ocasionado a infecção, então podemos acreditar que a assepsia no braço do garoto não foi feita como deveria. Esse é mais um descaso que acontece diariamente no hospital regional de Parnaíba”, disse.
O advogado está recolhendo documentos, como os prontuários médicos, para acionar o Ministério Público Estadual e ainda formalizar denúncia no Conselho Regional de Medicina (CRM). O promotor de justiça Antenor Filgueiras foi procurado pelo G1 e disse que soube do fato pela imprensa, mas que o MPE deverá investigar o caso.
Em nota divulgada à imprensa, a direção do Hospital Regional Dirceu Arcoverde disse que a amputação aconteceu porque os médicos detectaram que o membro já estava em estado avançado de infecção, comprometendo o braço por completo, e que a família foi comunicada. Segundo a direção, o procedimento foi realizado para evitar que a infecção se espalhasse pelo corpo e desenvolvesse sepse (infecção generalizada) e que a cirurgia foi feita para salvar a vida do menor com expressa autorização da família.
Ainda conforme a nota enviada pela direção do Heda, na ficha de atendimento consta que a gangrena gasosa (necrose tecidual) no braço do garoto possivelmente foi ocasionada por alguma bactéria, sendo mais comum as do tipo Clostridium perfringens, facilmente encontradas no solo, na areia.
Diante do relato da própria direção, o advogado da família, Adelmir Lima de Sousa, acusa os médicos de não terem feito a limpeza correta do ferimento antes dos curativos. “Se ao cair do cavalo o menino teve contato com o solo e a direção diz que uma bactéria comum a areia pode ter ocasionado a infecção, então podemos acreditar que a assepsia no braço do garoto não foi feita como deveria. Esse é mais um descaso que acontece diariamente no hospital regional de Parnaíba”, disse.
O advogado está recolhendo documentos, como os prontuários médicos, para acionar o Ministério Público Estadual e ainda formalizar denúncia no Conselho Regional de Medicina (CRM). O promotor de justiça Antenor Filgueiras foi procurado pelo G1 e disse que soube do fato pela imprensa, mas que o MPE deverá investigar o caso.
Edição do Jornal da
Parnaíba | Por: Patrícia Andrade/G1 PI
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Um comentário:
Tá na cara que houve negligência médica com esse garoto e eles tem que pagar. Que Deus dêr conforto a essa família e a esse garoto e que o ministério público que tanto confiamos faça os verdadeiros culpados pagarem por isso.
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