quarta-feira, janeiro 22, 2014

Caos na Unimed-Parnaíba é debatido por autoridades e população na Câmara Municipal

Clientes da Unimed participam da audiência e
expõem problemas causados pela falência da
Unimed/Parnaíba
Mesmo com os vereadores em recesso a Câmara Municipal de Parnaíba realizou hoje uma audiência pública para tratar da situação de falência da Unimed/Parnaíba, que desde o ano passado “deixou mais de 4 mil clientes de mãos abanando, frente ao total descaso deste plano de saúde para com seus usuários”, disse o vereador Gustavo Lima, que propôs a audiência ainda no ano passado, mas que somente agora foi possível sua realização, com a presença dos vários atores envolvidos no processo, como: representante da Agência Nacional de Saúde(ANS); representantes e advogados da Unimed de Teresina e de Parnaíba, além de usuários do citado plano de saúde.

Vereadores presentes a audiência pública sensíveis aos
problemas causados pela Unimed/Parnaíba
Desde outubro do ano passado, os clientes da Unimed deixaram de ser atendidos por clínicas e hospitais de Parnaíba, sem nenhuma justificativa plausível. Segundo o vereador Gustavo, são mais de 4.000 usuários, e os que fizeram a portabilidade para Teresina estão pagando quase o dobro do que pagavam.

O secretário executivo do Procon Municipal, Miguel Bezerra Neto e o representante da Secretaria do trabalho e defesa do consumidor, Neres Júnior, explanaram acerca dos processos e acordos que por eles estão sendo feitos, atendendo reclamações dos prejudicados, que deixaram de ser atendidos em Parnaíba, embora continuem pagando suas mensalidades. “Acho que a má gestão levou a esse caos. Os esforços são muitos, do Procon, do Ministério Público e da Secretaria do Trabalho e Defesa do Consumidor, mas não vejo nada que justifique as denúncias e críticas contra a Unimed”, comentou o promotor de justiça Antenor Filgueiras.

Secretário executivo do Procon Municipal, Miguel Bezerra
Neto  e o representante da Secretaria do trabalho e defesa
do consumidor, Neres Júnior,
Segundo o diretor do Hospital Nossa Senhora de Fátima, Henrique Rezende, a suspensão dos atendimentos se deu por conta da falta de pagamento. ”E vamos continuar sem atender, se não houve pagamento”, disse ele, no que foi contestado pelo promotor Filgueira que afirmou ser da lei que, mesmo sem receber pagamento, o atendimento tem que ser garantido aos pacientes, porque o cliente não pode ser o culpado.

De acordo com a representante da Unimed-Teresina, Suely Palhano, está sendo feita uma mudança no sistema de atendimento, considerando ainda que a Unimed Parnaíba já se encontrava sob intervenção fiscal da Agência Nacional de Saúde, quando foi oferecida sua carteira de clientes para o órgão em Teresina. "Não tínhamos conhecimento do que estava acontecendo.  Nossa intenção é diminuir o impasse da situação mas estamos esperando uma posição da ANS”, disse Suely.

Representante da Agência Nacional de Saúde,
Robson Barreto
Para o representante da Agência Nacional de Saúde, Robson Barreto, a transferência de carteira da clientela, no caso de Parnaíba para Teresina, realmente é traumática, porém, deve ser feita uma auditoria fiscal para saber os reais motivos de todos os problemas, tentando preservar os clientes. ”A ANS está verificando a melhor saída para normalizar todo o atendimento. Mas a decisão não é rápida. Os diretores e técnicos da UNS vão se reunir em fevereiro para tratar do assunto”, disse Robson Barreto, alertando os clientes Unimed-Parnaíba para que continuem pagando suas mensalidades, sob pena de não haver mais relação contratual.

Representante da Unimed-Teresina, Suely Palhano
O médico Fabrício Almeida, que responde atualmente pela Unimed Parnaíba, disse que todo o motivo da crise deve-se a acordos não cumpridos, feitos em gestões passadas, que levaram a Cooperativa a tomar um calote. “Não houve má fé ou roubo. Apenas tentaram fazer um bom negócio para a Unimed, que não deu certo”.

Edição do Jornal da Parnaíba | Por Bernardo Silva
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