Clientes da Unimed participam da audiência e expõem problemas causados pela falência da Unimed/Parnaíba |
Mesmo com os vereadores em recesso a Câmara
Municipal de Parnaíba realizou hoje uma audiência pública para tratar da
situação de falência da Unimed/Parnaíba, que desde o ano passado “deixou mais de 4 mil clientes de mãos
abanando, frente ao total descaso deste plano de saúde para com seus usuários”,
disse o vereador Gustavo Lima, que propôs a audiência ainda no ano passado, mas
que somente agora foi possível sua realização, com a presença dos vários atores
envolvidos no processo, como: representante da Agência Nacional de Saúde(ANS);
representantes e advogados da Unimed de Teresina e de Parnaíba, além de
usuários do citado plano de saúde.
Vereadores presentes a audiência pública sensíveis aos problemas causados pela Unimed/Parnaíba |
Desde outubro do ano passado, os clientes da Unimed
deixaram de ser atendidos por clínicas e hospitais de Parnaíba, sem nenhuma
justificativa plausível. Segundo o vereador Gustavo, são mais de 4.000
usuários, e os que fizeram a portabilidade para Teresina estão pagando
quase o dobro do que pagavam.
O secretário executivo do Procon Municipal, Miguel
Bezerra Neto e o representante da Secretaria do trabalho e defesa do
consumidor, Neres Júnior, explanaram acerca dos processos e acordos que por
eles estão sendo feitos, atendendo reclamações dos prejudicados, que deixaram
de ser atendidos em Parnaíba, embora continuem pagando suas mensalidades. “Acho
que a má gestão levou a esse caos. Os esforços são muitos, do Procon, do
Ministério Público e da Secretaria do Trabalho e Defesa do Consumidor, mas não
vejo nada que justifique as denúncias e críticas contra a Unimed”, comentou o
promotor de justiça Antenor Filgueiras.
Secretário executivo do Procon Municipal, Miguel Bezerra Neto e o representante da Secretaria do trabalho e defesa do consumidor, Neres Júnior, |
Segundo o diretor do Hospital Nossa Senhora de
Fátima, Henrique Rezende, a suspensão dos atendimentos se deu por conta da
falta de pagamento. ”E vamos continuar
sem atender, se não houve pagamento”, disse ele, no que foi contestado pelo
promotor Filgueira que afirmou ser da lei que, mesmo sem receber pagamento, o
atendimento tem que ser garantido aos pacientes, porque o cliente não pode ser
o culpado.
De acordo com a representante da Unimed-Teresina,
Suely Palhano, está sendo feita uma mudança no sistema de atendimento,
considerando ainda que a Unimed Parnaíba já se encontrava sob intervenção
fiscal da Agência Nacional de Saúde, quando foi oferecida sua carteira de
clientes para o órgão em Teresina. "Não tínhamos conhecimento do que
estava acontecendo. Nossa intenção é diminuir o impasse da situação mas
estamos esperando uma posição da ANS”, disse Suely.
Representante
da Agência Nacional de Saúde, Robson Barreto |
Para o representante da Agência Nacional de Saúde, Robson
Barreto, a transferência de carteira da clientela, no caso de Parnaíba para
Teresina, realmente é traumática, porém, deve ser feita uma auditoria fiscal
para saber os reais motivos de todos os problemas, tentando preservar os
clientes. ”A ANS está verificando a
melhor saída para normalizar todo o atendimento. Mas a decisão não é rápida. Os
diretores e técnicos da UNS vão se reunir em fevereiro para tratar do
assunto”, disse Robson Barreto, alertando os clientes Unimed-Parnaíba para
que continuem pagando suas mensalidades, sob pena de não haver mais relação
contratual.
Representante da Unimed-Teresina, Suely Palhano |
O médico Fabrício Almeida, que responde atualmente
pela Unimed Parnaíba, disse que todo o motivo da crise deve-se a acordos
não cumpridos, feitos em gestões passadas, que levaram a Cooperativa a tomar um
calote. “Não houve má fé ou roubo. Apenas
tentaram fazer um bom negócio para a Unimed, que não deu certo”.
Edição do Jornal da
Parnaíba | Por Bernardo Silva
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