quinta-feira, dezembro 12, 2013

Uma viagem às origens no Ceará

Hoje, 08/12/2013, às 6:00 Horas o mano Jorge Luiz já estava tocando a campainha em minha residência para passarmos na casa do caçula Crisóstomo e irmos às localidades Paço Imperial, Arara, Leitão e Bitupitá. A primeira tem atualmente o nome de Barroquinha, sendo a sede do município após a emancipação de Camocim (CE). Foi uma viagem sentimental, pois, os manos não conheciam os lugares onde nasceram e viveram por algum tempo as nossas avós materna e paterna Gonçala Ferreira Veras e Joana Alves Teles, que tiveram antepassados comuns advindos de outros sobrenome como Nascimento,  Arruda, Pereira e Coelho.

Após, tomarmos café na Barroquinha, terra de nossa bisavó Maria Ferreira do Nascimento "Maria Jacques",  chegamos ao lugar Araras onde nasceu a dindinha Joana , mãe do meu pai Ição. Conversamos com um casal , sendo os dois das famílias Teles e Veras, portanto de nossa raça. Estes nos situaram em relação aos descendentes dos “Pereiras” também conhecidos como “Procópios”. O Jorjão gostou muito do povoado e já agendou retorno para um final de semana qualquer. Realmente é um povoado bem urbanizado onde a simplicidade das casas dá aos visitantes a sensação de que alí reina entre os seus moradores uma paz espiritual provocada pela quietitude do lugar situado em plena chapada.  Entramos na igrejinha onde muitas crianças rezavam um terço. Recomendamo-nos a Nossa Senhora Mãe e continuamos a nossa viagem rumo ao litoral cearense.

Rumo ao litoral, saindo da estrada principal dobramos a esquerda e bem próximo nos deparamos com um salgado onde se produz muito sal. Então, veio-me a mente o tempo de criança quando a minha avó Gonçala, mãe de minha mãe Maria das Dores, descrevia o lugar onde nasceu e que bem jovem , fugindo da seca, veio morar em Parnaiba com sua Mãe Maria Jacques e irmãos. Logo descobrimos uns nativos descendentes do velhos troncos familiares Belchor e Veras que alí ficaram e ainda hoje vivem com as mesmas atividades laborais. E aí o encanto foi de todos nós. A vista que se deslumbra do alto onde existiu a casa velha é magnífica. Tenho certeza que breve voltarei lá.

Continuando o percurso programado, chegamos a praia de Bitupitá, que segundo a linguagem indígena significa "Pancada de Vento" , lugar adequado para a pesca do Camurupim em currais do mar, seguindo o mesmo método dos seus antigos moradores - os Tremembés.

E, em vistas para os currais no oceano, deliciamos umas geladas com camarão e fomos ao restaurante Leste-Mar saborear uma apetitosa peixada a moda da casa.

Após esse feito, estava efetuada a trajetória prevista de ida para voltarmos a Parnaíba, e a partir das 16:00 horas assistirmos o meu Vasco e o Fluminense descerem para a 2ª Divisão.

Tarde triste para um dia tão maravilhoso após ter entrado em contato com o nosso passado familiar.

Por Vicente de Paula Araújo Silva “Potência”
PHB. 08/12/2013 - Vic.                                                

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